Volkswagen Fox 1.6 I-Motion – Questão de costume

Câmbio automatizado é sempre uma caixinha de surpresas. A semana de avaliação com VW Novo Fox 1.6 I-Motion começou com susto ao fazer uma das manobras mais simples do mundo: tirar o carro da garagem. Isso porque fica estacionado em um leve declive, de apenas 6% de inclinação, com a frete voltada para o lado mais alto e para o portão. Basta acelerar bem devagar, tirar o pé da embreagem de forma suave e gradual e pronto.

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Mas, neste dia, quem controlava a embreagem era um robô, que não sabia exatamente onde estava. Marcha engatada e pé no acelerador, de forma suave, e nada de movimento. Um pouco mais de pressão e de repente, o corpo cola no banco, e imediatamente o pé vai para o freio. Não andou 2 metros, e quase ralou o retrovisor direito na parede, que tem um ressalto para fora.

Tiro o pé do freio e o carro desce para trás, e recorro ao freio de mão. Neste dia não teve como tirar o carro da garagem de fora suave. Recolhi os retrovisores para não correr o risco de arranhá-los e saí do jeito que deu: rápido.

Uma semana depois, este tipo de situação já não ocorria mais. De alguma forma, o carro aprendeu que ele fica estacionado em um declive, e a sensibilidade do motorista ficou mais apurada à reação do veículo. Em outras palavras, nos acostumamos um ao outro e à situação. Mas, nem por isso foi uma semana fácil, principalmente nos momentos de estacionar de ré, em ladeiras. Como é difícil controlar a velocidade do carro nessas situações!

Vida a bordo
O modelo emprestado pela Volkswagen era a versão Highline 1.6 de 120 cv, completo, com diversos opcionais, inclusive teto solar e sensores de estacionamento dianteiro e traseiro. O modelo básico custa R$ 56.990, com pintura sólida. Metálica, acrescenta R$ 1.230 e perolizada, R$ 1.770. E, com todos os equipamentos opcionais, o valor total do carro avaliado era de R$ 67.150.

O motor 1.6 de 120 cv é bem melhor do que o anterior, de 104 cv. É mais ágil e esperto, claro, porém fica emperrado no câmbio automatizado. Assim, se puder, escolha a versão manual, de seis velocidades, que custa R$ 3.500 a menos. Mas, se é do tipo que pega muito engarrafamento, o I-Motion ajuda bastante e economizar saúde. Apesar de todos os pontos ruins, não precisar pisar na embreagem pode ser uma bênção em determinadas horas.

O ideal mesmo seria um câmbio automático de seis marchas, como tem feito a Chevrolet, ou um automatizado de dupla embreagem, como a Ford. Custam mais caro mas não dão sustos.

Ficha técnica
Novo Fox Highline 1.6 I-Motion
Motor: dianteiro, transversal, 4 cilindros, 1.6 flex
Cilindrada: 1.598 cm³
Potência: 120cv / 110cv a 5.750 rpm (etanol/gasolina)
Torque: 16,8kgfm / 15,8kgfm a 4.000 rpm (e/g)
Câmbio: Automatizado de 5 velocidades
Direção: elétrica
Tração: dianteira
Pneus: 195/50 R16
Freios: a disco ventilado na dianteira e tambor na traseira, ABS com EBD
Dimensões: comprimento, 3.868 mm; largura, 1.660 mm; altura, 1.552 mm; entre-eixos, 2.467 mm
Peso: 1.099 kg
Volumes: porta-malas 270/353 l; tanque de combustível: 50 l
Desempenho: aceleração de 0 a 100 km/h em 10,3s/10,8s (e/g); velocidade máxima de 189/183 km/h (e/g)

Alexandre Akashi

Editor da Revista Farol Alto

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