Audi TT Roadster – Terapia a céu aberto

Todo mundo deveria possuir um roadster conversível na garagem. Poder sair para passear em um dia ensolarado de inverno por estradas de pouco movimento, de capota baixa e sem pressa faz tanto bem quanto horas de terapia no divã. Os amigos psiquiatras e psicólogos que me desculpem, mas a satisfação é enorme, e ao final do dia tudo parece perfeito.

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Por uma semana avaliamos o novo Audi TT Roadster 2.0 Turbo FSI, que a marca apresentou no início do ano ao mercado brasileiro. O modelo conta com motor 2.0 litros quatro-cilindros com potência de 230 cv @4.500 – 6.200 rpm, e torque máximo de 370 Nm @1.600 – 4.300 rpm, acoplado a uma caixa de dupla embreagem de seis velocidades.

O resultado é aceleração de 0-100 km/h em 5,9 segundos e velocidade máxima de 250 km/h, limitada eletronicamente. Mas, com um carro desses, correr para quê? O carro é uma massagem no ego. Com a capota abaixada, todos sorriem para você, porém alguns soltam olhares de inveja. É preciso estar bem protegido para isso.

Mas, infelizmente no Brasil, rodar no modo conversível só em estradas secundárias ou condomínios fechados. O carro já é chamativo sem ninguém ao volante, e definitivamente não é recomendado para quem é low profile.

Experimentamos rodar sem teto por um longo trecho da rodovia Castello Branco, porém a velocidades acima de 120 km/h ultrapassar caminhões se torna uma tarefa não muito agradável. Se a ideia é curtir a velocidade que o carro proporciona, melhor fazer de capota fechada. A aceleração é incrível.

Além de ser conversível e possuir excelente conjunto motor-transmissão, o TT Roadster é um carro pregado no chão e dotado de um dos painéis mais intensos do setor automotivo, batizado pela Audi de Virtual Cockpit. Como todas as informações estão nele, o modelo não conta com tablet no meio do console central, o que lhe garante um visual interno limpo e elegante. Por tudo que o carro oferece, o preço de R$ 258.111 pode até parecer exagero, mas vale cada centavo.

A única crítica, talvez, é a ausência de tecnologias como o ACC, o controle de cruzeiro adaptativo, que lê a velocidade do carro à frente e acelera e freia o Audi na mesma proporção. Poderia até reclamar de que não vem com assistente de estacionamento, mas ai já seria um pouco demais.

Ficha técnica
Audi TT Roadster
Motor: dianteiro, transversal, gasolina, injeção direta e indireta, 4 cilindros em linha, 2.0l, 16V, 1.984cm³, 230cv a 4.500-6.200rpm, 370Nm a 1.600-4.300rpm, taxa de compressão: 9,6:1
Câmbio: dupla embreagem S-Tronic de seis velocidades
Direção: elétrica
Rodas e pneus: liga leve, 245/35 R19
Suspensão: independente nas quatro rodas, tipo McPherson na dianteira e multilink na traseira
Dimensões: comprimento, 4.177 mm; largura, 1.832 mm; altura, 1.355 mm; entre-eixos, 2.505 mm, peso, 1.425 kg
porta-malas, 305 l; tanque de combustível, 50 l
Desempenho: velocidade máxima, 250 km/h; aceleração 0 a 100 km/h: 5,9 s
Consumo INMETRO PBE-V: 10/12,8 km/l (cidade/estrada)

Alexandre Akashi

Editor da Revista Farol Alto

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