Mercedes-Benz GLA ganha facelitf

O SUV compacto de entrada da Mercedes-Benz, GLA, acaba de ganhar facelift, com nova grade frontal, para-choques dianteiro e traseiro, e rodas 18 polegadas. O objetivo, segundo a montadora, é dar um ar mais robusto ao modelo, ao importar o design do ‘irmão maior’, GLS. As mudanças estéticas são sutis, mas bem-vindas.

O modelo 2018 chega em cinco versões, com três opções de motor, todos com câmbio de dupla embreagem de sete marchas. As versões de entrada contam com motor 1.6 flex turbo de injeção direta de 156 cv de potência e 250 Nm de torque máximo: GLA 200 ff Style (R$ 158.900), GLA 200 ff Advance (R$ 175.900), GLA 200 ff Enduro (R$ 203.900); a intermediária é o GLA 250 Sport, com motor 2.0 turbo de injeção direta de 211 cv de potência e 350 Nm de torque máximo (R$ 232.900); e a versão topo de linha, AMG GLA 45 4Matic, com motor 2.0 turbo de injeção direta de 381 cv e 475 Nm (R$ 359.900).

O interior conta com novas cores e acabamentos dos bancos

Entre as novidades do modelo destaque para o ESP® CURVE DYNAMIC ASSIST, que proporciona mais estabilidade e melhor dirigibilidade em curvas por meio de leves frenagens nas rodas de dentro da curva, uma vez que o sistema reconhece a necessidade de mais força e distribui a tração via diferencial para as rodas de fora.

Ao volante
O lançamento do novo GLA contou com test drive entre São Paulo e a praia de Cambury, litoral norte do Estado. Excelente escolha com bons trechos de reta, curvas, serra e até mesmo estrada de chão batido com muitos buracos.

Lanternas ganham tecnologia Stardust, derivada do Classe E

A Mercedes-Benz disponibilizou a versão intermediária, Advance, com motor 1.6 turbo, que traz um pacote de itens de série interessante como faróis de LED de alta performance e lanternas em LED com tecnologia Stardust, derivada do Classe E. As luzes de freios e os piscas são controlados em três intensidades: brilho total durante o dia, um nível intermediário para rodar durante a noite e um nível mais baixo para paradas à noite, para não incomodar outros usuários da via.

O grande destaque do modelo é a posição de dirigir, que apesar de ser considerado um SUV, a altura do banco não necessariamente precisa ficar elevada, como na maioria dos veículos dessa categoria. Claro que por possuir suspensão mais elevada, os ocupantes ficam mais altos do que em um sedan ou hacthback da marca, mas quem gosta de dirigir mais ‘socado’ consegue encontrar uma posição agradável, assim como quem sente mais prazer em se sentir mais alto, uma vez que o banco do motorista conta com um bom ajuste de altura.

A maior crítica à versão avaliada é em relação à potência e torque do motor. Para um carro deste porte, os 156 cv não são suficientes para uma condução mais esportiva, tal como a posição de dirigir sugere. Assim, se a ideia é ter um carro esperto, melhor investir um pouco mais e adquirir a versão GLA 250 ou AMG.

No test drive realizado na rodovia Rio-Santos, em algumas situações as retas onde eram permitidas as ultrapassagens ficaram curtas demais pela falta de fôlego e lenta retomada de velocidade em quarta e quinta marchas.

No entanto, como veículo de uso urbano e para condução trivial, com aceleração até 120 km/h, o 1.6 l é suficiente, pois arranca bem e atinge os 100 km/h em pouco mais de 8 segundos.

Detalhes
Por se tratar de um veículo de entrada, o GLA deixa da desejar em alguns detalhes como a ausência de retrovisor eletrocromático e ar-condicionado digital, itens que veículos de luxo normalmente apresentam como item de série.

Outro item que também faz falta é o GPS integrado. Assim como muitas marcas, a Mercedes-Benz optou em investir na conectividade com smartphone, em que o motorista sincroniza o celular por Bluetooth e cabo para utilizar o Google Maps ou Waze por meio do Android Auto ou CarPlay (iOS).

Ficha técnica
MB GLA 200 Advance
Motor: dianteiro, transversal, turbo, injeção direta, flex, 4 cilindros, DOHC, 1.595 cm³, 16 v, 156 cv a 5300 rpm (gasolina/etanol), 250 Nm a 1200-4000 rpm; diâmetro x curso: 83 x 73,7 mm; taxa de compressão: 10,3:1
Câmbio: automatizado, dupla embreagem, 7 marchas
Tração: dianteira
Direção: assistência elétrica
Suspensão: independente nas quatro rodasa, dianteira tipo McPherson e multilink na traseira
Freios: a disco nas quatro rodas, ventilados na dianteira e sólidos na traseira
Rodas e pneus: liga leve 235/50 R18
Dimensões: comprimento, 4417 mm; largura, 2022 mm; altura, 1524 mm; entre-eixos, 2699 mm, peso, 1435 kg; porta-malas, 421 l; tanque de combustível, 50 l
Desempenho: velocidade máxima, 215 km/h; aceleração 0 a 100 km/h: 8,1 s
Consumo PBE-V Inmetro: cidade – 7/10 km/l (e/g); estrada – 8,6/12,7 km/l (e/g)

Alexandre Akashi

Editor da Revista Farol Alto alexandre@farolalto.com.br

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