Fiat Mobi Drive – Talvez, a melhor escolha em subcompactos

Ao lançar o Mobi, em 2016, a Fiat colocou o consumidor da marca em xeque. Menor do que o Uno e com pouca diferença de preço, o subcompacto não agrada muito, apesar de ter dianteira robusta que engana quem o vê pelo retrovisor.

Pequeno, o subcompacto tem apenas 3,56 metros de comprimento

Oferecido pela montadora, avaliamos a versão Drive, na cor Vermelho Alpine (sólida) com câmbio manual de cinco marchas e os pacotes de acessórios Kit Tech e Kit Tech Live On. Com preço inicial de R$ 41.790, o Kit Tech acrescenta R$ 3.920 ao valor, e dá direito a uma dezena de acessórios:

  1. Chave canivete com telecomando para abertura e fechamento das portas e vidros;
  2. Faróis de neblina;
  3. Alarme antifurto;
  4. Sensor de estacionamento traseiro;
  5. Cargo Box (Compartimento removível no porta-malas com tampa e separador de objetos adaptável);
  6. Banco do motorista com regulagem de altura;
  7. Console de teto com espelho auxiliar;
  8. Personalização interna (tecido dos bancos Jacq. Bruma, alças de segurança traseiras e dianteira do lado do passageiro, apoia-pé para o motorista, bolsa porta-revista no encosto dos bancos dianteiros, porta-óculos);
  9. Rodas de liga leve 5.5 X 14” + Pneus com baixa resistência a rolagem 175/65 R14;
  10. Retrovisores externos elétricos com sistema Tilt Down + setas de direção integradas.
Interior é bem acabado, apesar do uso intenso de plástico duro

Já o Kit Tech Live On custa R$ 1.696 e acrescenta o Fiat Live On (sistema de conectividade via Bluetooth® com rádio e aplicativo para smartphones com sistema IOS e Android – inclui volante com comandos do rádio/telefone, suporte retrátil e entrada USB para carregamento, predisposição para rádio (2 alto-falantes dianteiros, 2 alto-falantes traseiros e antena) e quadro de instrumentos em TFT(visor LCD em alta resolução) com computador de bordo A e B. No final das contas, o preço total do veículo fica em R$ 47.408. Será que vale a pena?

Ao volante
A experiência de condução do Fiat Mobi não é das piores. O carro é bem montado, bem acabado, diferente dos principais concorrentes de mercado, e mostrou ter um bom balanço de suspensão, apesar de precisar de um pequeno ajuste, segundo o especialista em suspensão, José Carlos Finardi. “Ao rodar em pista plana, sente-se uma leve flutuação da carroceria, quase imperceptível, mas que pode causar náuseas em pessoas mais sensíveis ou com pré-disposição a enjôos”, comentou ao dar uma volta com o carro. “É bem sutil, e por isso mesmo poucos se dão conta do problema”, disse.

Quadro de instrumentos em TFT é item opcional

Única versão com motor 1.0 l 3 cilindros Firefly, o Mobi Drive tem potência máxima de 77/72 cv a 6250 rpm (etanol/gasolina), torque máximo de 10,9/10,4 kgfm a 3250 rpm (e/g), e pesa apenas 945 kg. Com comando de válvulas variáveis na admissão e escape, acionadas por corrente e apenas duas válvulas por cilindro, o carro foi concebido para andar devagar e de forma econômica, como a maioria dos subcompactos urbanos. Com isso, atinge médias de consumo na ordem de 9,6/13,7 km/l na cidade (e/g) e 11,3/16,1 km/l na estrada (e/g). Na prática, é possível obter resultados melhores, dependendo das condições de trânsito e pressa.

Diferencial

Kit Tech Live On é o diferencial do modelo, mas também é item opcional

O grande barato do Mobi Drive é o Kit Tech Live On que literalmente obriga o motorista a conectar o telefone ao carro, caso queira ter acesso ao sistema de áudio e outras traquitanas que somente o aplicativo Live On oferece. O bom nele é que fica praticamente impossível esquecer o smartphone. Por conta disso, seria interessante se a montadora oferecesse um cabo USB juntamente com o kit.

Ficha técnica
Fiat Mobi Drive
Motor: dianteiro, transversal, flex, 3 cilindros, 999 cm³, 6 v, SOHC, comando de válvulas variáveis na admissão e escape, 77/72 cv a 6250 rpm (etanol/gasolina), 10,9/10,4 kgfm a 3250 rpm (e/g); diâmetro x curso: 70 x 86,5 mm; taxa de compressão: 13,2:1
Câmbio: manual de 5 marchas
Tração: dianteira
Direção: assistência elétrica
Suspensão: independente na dianteira, tipo McPherson, e eixo de torção na traseira
Freios: a disco ventilado na dianteira e tambor na traseira
Rodas e pneus: liga leve, 175/65 R14
Dimensões: comprimento, 3566 mm; largura, 1633 mm; altura, 1502 mm; entre-eixos, 2305 mm, peso, 945 kg, porta-malas, 215 l; tanque de combustível, 47 l
Desempenho: velocidade máxima, 164 km/h; aceleração 0 a 100 km/h: 12 s
Consumo PBE-V Inmetro: cidade – 9,6/13,7 km/l (e/g); estrada – 11,3/16,1 km/l (e/g)

Alexandre Akashi

Editor da Revista Farol Alto alexandre@farolalto.com.br

One thought on “Fiat Mobi Drive – Talvez, a melhor escolha em subcompactos

  1. Eu já tive um e posso dizer que é um excelente carro para sua proposta. É um carro analisado pela maioria da mídia com “preconceito de ficha técnica”. Nos bancos dianteiros o espaço é igual ao de um Uno e outros concorrentes de sua categoria. Atras cabem crianças ou pessoas de estatura média/baixa. O porta-malas é o ponto fraco do carro. Nem tanto pelo volume, que eu considero bom para um carro de apenas 3,56 metros, mas pelo acesso. A tampa de vidro obrigou a um para-choques traseiro mais alto do que a média sacrificando o acesso ao porta-malas. No mais um carro de ótimo desempenho para um 1.0 e um consumo de combustível semelhante ao de uma motocicleta. Ótimo acerto de suspensão, silencioso, boa estabilidade e estilo agradável.

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