Evolução editorial

Esta edição da Revista Farol Alto marca o início de uma nova fase: cobertura do setor de veículos comerciais. E, para marcar esta etapa, começamos de pé direito, trazendo as novidades da Fenatran 2017, a maior feira do setor. Aproveitamos para apresentar uma novidade editorial, o crossmidia, em que convidamos todos os leitores a conferir no nosso novo site o conteúdo das reportagens, ao invés de publicá-las na íntegra na edição impressa.

Edição 59

Gostamos tanto da ideia que decidimos ampliá-la para as matérias de lançamentos e avaliações dos automóveis de passeio. Com isso, economizamos papel sem reduzir a qualidade editorial. O meio ambiente agradece.

Por falar em meio ambiente, a notícia de que os “nobres” vereadores da cidade de São Paulo adiarão em 20 anos a lei que obriga o uso de combustíveis renováveis no transporte público urbano cai como uma pedra sobre os planos de redução de emissões de gases poluentes e efeito estufa. É justamente o contrário do que empresas como a MAN tenta emplacar, uma vez que na Fenatran a montadora apresentou o primeiro VUC 100% elétrico para transporte de carga.

Esta é, na nossa opinião, o caminho mais acertado para a eletrificação veicular: substituir os veículos comerciais à diesel na região metropolitana pelos elétricos, e isso significa retirar todos os ônibus e caminhões poluidores, que nem sempre estão com a manutenção em dia, e jogam na atmosfera toneladas de poluentes capazes de provocar a morte prematura de pessoas mais sensíveis.

Mas, trocar 100% da frota de ônibus urbanos à diesel por elétricos custa caro, e os empresários do setor não querem fazer este investimento. Porém, a lei não é nova. Já existe há mais de uma década, e foi completamente ignorada. Se as empresas tivessem respeitado a lei, a história seria diferente.

E este é um problema real do Brasil e dos brasileiros. Muitas leis e pouco respeito a elas. Pelo menos por parte das empresas de transporte público municipal, que contam com suporte de políticos profissionais mais interessados em enriquecer do que melhorar a vida dos cidadãos.

A verdade sobre os ônibus elétricos é que a longo prazo, 10 anos, o maior custo inicial de aquisição se paga pelo menor custo operacional, uma vez que os veículos elétricos dispensam serviços como troca de óleo, manutenção do sistema de arrefecimento e, principalmente, abastecimento de combustível, que é considerador o insumo de valor mais elevado a operação de transporte.

Há, claro, o custo da energia elétrica, que não é barata no Brasil. Mas, um motor elétrico é muito mais eficiente do que o de combustão interna, e isso significa que gasta menos energia para fazer o mesmo trabalho. Assim, é injusto com a sociedade adiar a lei que já deveria ter sido cumprida, quando o correto seria punir os infratores pelo descaso com a sociedade.

Imagine, então, a situação: para rodar com o carro você precisa pagar taxas e impostos previstos por lei. Mas, decide não pagar. Um dia, você é parado em uma blitz, com os documentos irregulares. Acredita mesmo que o policial vai ignorar isso? Então, por que nós, cidadãos, devemos deixar as empresas que não respeitaram a lei impunes?

Alexandre Akashi
Editor

Alexandre Akashi

Editor da Revista Farol Alto alexandre@farolalto.com.br

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