O bom e mau atendimento

Nesta edição, mostramos um caso muito peculiar, de bom atendimento no pós-vendas da concessionária Vigorito, em São Paulo. O caso é motivo de destaque nesta coluna pois, mesmo sem ter sido o vendedor do produto, fez o possível para ajudar um consumidor que por pouco não foi lesado em milhares de reais, pela falta de competência da loja que fez a venda e também pela própria General Motors do Brasil, que não tomou atitude esperada para uma empresa multinacional de renome.

O Brasil precisa de mais profissionais como Bruno Cesar, da Vigorito. Pessoas que apesar de terem o direito de dizer não, pois afinal não era problema dele, encaram o desafio de ajudar a quem precisa, ao perceber que algo está errado. A isso, chamamos de solidariedade, bondade e honestidade. Bruno Cesar mostrou caráter, algo que faltou a outros executivos que podiam e tinham o dever de resolver o problema, mas preferiram se calar.

Claro que com esta atitude, Bruno Cesar e a Vigorito ganharam um novo cliente, que por toda a vida irá indicar e recomendar a empresa e o profissional a amigos, parentes e todos que precisarem dos serviços deles. Afinal de contas, Bruno Cesar teve iniciativa e suas ações deram um final feliz a uma história que se encaminhava a um final muito traumático, em que o dono do carro iria acionar judicialmente todos os envolvidos.

Fazer o bem é vantajoso para todos, enquanto ser mesquinho e arrogante privilegia apenas alguns poucos indivíduos, que nem sempre sabem o que fazer com tanto dinheiro e poder. Mas, infelizmente, pessoas como Bruno Cesar são minoria no Brasil, país onde a Lei de Gerson prevalece e, assim, os que se acham mais espertos tentam subjugar os demais.

O brasileiro precisa evoluir como cidadão, como pessoa e como ser-humano. A sociedade brasileira é retrato de um passado extrativista e escravocrata, em que a maioria de nossos ancestrais enxergavam o Brasil como terra de ninguém, local para vir, fazer fortuna e voltar para a pátria mãe. Assim, não fizeram um plano de vida aqui, porém muitos acabaram ficando, pois existe fartura.

Passou da hora de tomarmos posse do Brasil, pois enquanto a sociedade brasileira não o fizer, ficamos todos à mercê de pilantras que dizem muito, falam pouco e fazem menos ainda, só o suficiente para enriquecerem.

Passou da hora de criar um plano para o Brasil e para os brasileiros, construir uma nação sem a Lei de Gerson, dar dignidade ao trabalhador assalariado e aos micro e pequenos empresários, pessoas que carregam o país nas costas, que batalham dia a dia para enriquecer os espertalhões gigantescos do mundo empresarial e político.

Alexandre Akashi
Editor

Alexandre Akashi

Editor da Revista Farol Alto alexandre@farolalto.com.br

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