Os sinais de desgaste nas velas de ignição

A vela de ignição tem papel fundamental no funcionamento do motor. Ela é responsável por gerar a centelha que irá inflamar a mistura ar/combustível. O componente, entretanto, trabalha em condições severas estando suscetível a um desgaste natural, que nem sempre é perceptível ao motorista.

Mas como saber se as velas precisam ser revisadas? A resposta vem do consultor de Assistência Técnica da NGK, Hiromori Mori. Segundo o profissional, as  falhas ou dificuldades na partida são indícios claros de desgaste excessivo nas velas. Isso acontece porque as centelhas (faíscas) geradas entre os eletrodos das velas de ignição provocam desgastes nos mesmos, causando arredondamento dos componentes.

“A consequência disso é a perda dos cantos vivos dos eletrodos e um aumento da folga entre eles, o que faz com que seja necessária uma elevação da tensão para que ocorra a centelha. Quando isso ocorre, ultrapassando a capacidade da bobina, o veículo passa a ter dificuldades na hora da partida”, explica.

A folga excessiva entre os eletrodos, causada pelo desgaste, também pode levar à perda de potência do veículo. “A falha de ignição provoca redução no desempenho do motor, além de aumentar os níveis de emissões de gases poluentes pelo escapamento do veículo”, alerta Hiromori Mori.

Velas desgastadas fazem com que uma parte da mistura ar/combustível não seja queimada de maneira adequada, elevando o consumo de gasolina ou etanol. “Motoristas que notarem um consumo de combustível elevado devem procurar um mecânico de confiança para inspecionar as condições das velas de ignição”, orienta o especialista da NGK.

A manutenção periódica das velas de ignição a cada 10 mil quilômetros, anualmente ou conforme orientação da montadora é essencial para garantir o bom funcionamento do veículo. A falha no componente, além de prejudicar o motor e várias outras peças, compromete ainda a qualidade do ar, já que velas em más condições aumentam as emissões de gases poluentes. “Por esse motivo, é importante destacar que, sempre que o motorista realizar a inspeção da vela, deve também checar a situação de cabos e bobinas, para garantir que todo o sistema está trabalhando adequadamente”, finaliza Hiromori Mori.

 

Antonio Puga

Antonio Puga é jornalista, especializado no setor automotivo

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