Cummins cresce no 1º semestre e se prepara para o futuro

A produção da Cummins de motores diesel para veículos comerciais deve fechar o ano com alta de 31% este ano em relação a 2017, segundo projeções da empresa. Ao todo, deverão ser montados 42.000 unidades, ante as 31.966 realizadas no ano passado.

No primeiro semestre, a produção da Cummins foi de 22.000 unidades, alta de 60% em relação ao mesmo período de 2017. “O segundo semestre de 2017 foi bem melhor do que o primeiro, mas ainda assim teremos um crescimento relevante”, disse Luís Pasquotto, vice-­presidente da Cummins Inc., presidente da Cummins Brasil e responsável pela Unidade de Negócios de Motores da Cummins na América Latina.

Luís Pasquotto, vice-­presidente da Cummins Inc., presidente da Cummins Brasil e responsável pela Unidade de Negócios de Motores da Cummins na América Latina

Outro negócio da Cummins que vai de vento em popa é o de grupo motor-geradores. Atualmente, de cada 10 geradores vendidos no Brasil, quatro são Cummins. No primeiro semestre de 2018, a unidade registrou aumento de 67% do volume de equipamentos comercializados para os mais variados segmentos e de 70% da receita, em relação ao ano passado.

Euro VI
Em operação na Europa desde 2014, o Euro VI só deve ser realidade no Brasil em 2023, segundo Pasquotto. Porém, na opinião do executivo, somente trocar a tecnologia dos motores não é o suficiente para se obter bons resultados em redução de emissões. “Não adianta vir o Euro VI sozinho, é preciso ter renovação de frota e um programa de inspeção técnica veicular”, defende.

Eletrificação
Se o futuro da mobilidade humana é elétrica, a Cummins está atenta a isso. Tanto que nos últimos anos tem investido na aquisição de start-ups e pesquisa e desenvolvimento de baterias e sistemas elétricos para se manter relevante no mercado.

Adriano Rishi, diretor executivo de Engenharia da Cummins

Adriano Rishi, diretor executivo de Engenharia da Cummins, comenta que o grande desafio é obter baterias mais leves, com maior capacidade de carga e com vida útil elevada. Segundo Rishi, com a tecnologia atual os bancos de baterias necessários para substituir um tanque de combustível de diesel de 400 litros pesa aproximadamente 2.000 kg.

Como parte da estratégia, a companhia tem realizado investimentos significativos em eletrificação e sistemas digitais; criou uma nova Unidade de Negócios, a Electrified Power (EPBU), e realizou a compra de três empresas do segmento, sendo duas fabricantes de baterias, a Brammo e a Johnson Matthey, de baixa e alta potência, respectivamente, além da mais recente, baseada no Vale do Silício, na Califórnia, a Efficient Drivetrains, Inc. (EDI), especializada na integração de trem de força.

“A Cummins Inc. divulgou recentemente um investimento U$ 500 milhões em eletrificação previsto para os próximos três anos. Somos uma empresa que há 100 anos é líder em soluções de powertrain e integração veicular com conhecimento profundo das necessidades de nossos clientes. A inteligência nos negócios de motores nos favorece para desenvolver a eletrificação e a nossa missão é a de ser líder também neste segmento, provendo hardware, softwares e inteligência como ninguém”, afirma Pasquotto.

Alexandre Akashi

Editor da Revista Farol Alto alexandre@farolalto.com.br

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