Com 2.817 mm de entreeixos, viajar no banco de trás é como entrar na classe executiva, com direito a saídas exclusivas de ar condicionado com regulagem de temperatura individual (sistema quadrizone), e tomada 12 Volts. “Só faltou uma mesinha”, comentou um dos passageiros que durante uma curta viagem de 2,5 h entre São Paulo e Guaratinguetá aproveitou o tempo para por em dia a leitura de e-mails.
Mas é no banco do motorista que o Peugeot 508 se destaca. Apesar de custar relativamente caro (R$ 109.900 é muito dinheiro para um carro, mas como estamos no Brasil, isso é relativo), apresenta tecnologias que justificam o preço pedido pela montadora.
Com sensores de aproximação na dianteira e traseira, estacionar é brincadeira, mas primeiro é preciso encontrar uma vaga para os quase 5 metros de carro (4.792 mm). Para ajudar o motorista, o modelo conta com um sistema de auxílio que mede os espaços entre os carros e indica quando encontra uma vaga adequada.
Outro item de tecnologia a se destacar no Peugeot 508 é o sistema de iluminação com faróis adaptativos que alterna a intensidade da luz de acordo com o tráfego. Vai, portanto, muito além do sensor crepuscular, que acende as luzes automaticamente.
Para automatizar o facho de luz, uma câmera localizada no retrovisor interno analisa as condições de circulação. Para completar o conjunto, as lâmpadas são de xenon e os faróis autodirecionais (seguem o esterço das rodas).
No dia a dia
O amplo pacote tecnológico inclui head-up, piloto automático com limitador de velocidade, tela de LCD com navegador GPS, computador de bordo, freios elétricos com assistente de subida e sistema de abertura de portas por presença, com ignição por botão, no painel, à direita do volante.
Este último recurso é bastante prático, pois basta um toque na maçaneta para destravar e travar o veículo. Porém, no modelo avaliado, o botão de Start/Stop apresentou certo atraso no funcionamento. Foram diversas as ocasiões que para ligar o carro tive de apertar mais de duas vezes o botão, sempre com o pé no freio.
O 508 vem com motor 1.6l de injeção direta, turbo, que rende 165 cv de potência, e transmissão automática de seis velocidades. Um belo conjunto, mas para o porte do carro, podia ser melhor. Pelo menos é econômico, fez média de 12km/l na cidade.
Editor da Revista Farol Alto
