Há cerca de um ano, a Renault apresentou ao mercado brasileiro o Fluence GT, versão esportiva do sedan médio que realmente faz jus à nomenclatura Grand Turismo, graças ao motor 2.0 litros turbo que desenvolve 180 cv de potência e incríveis 30,6 kgfm de torque máximo a apenas 2.250 rpm, o que permite atingir velocidade máxima de 220 Km/h, e ir de 0 a 100 Km/h em apenas 8 segundos.
A caixa de transmissão é manual, de seis velocidades, com engates precisos e suaves. Poderia ter opção de câmbio automatizado de dupla embreagem, tal como o VW Jetta TSI, o que elevaria a concepção do modelo, assim como o custo, cotado em cerca de R$ 80 mil, o que o torna bem competitivo ante a concorrência do já citado Jetta, e Peugeot 408 THP, e agora também o novo Citroën C4 Lounge.
Por fora, o kit esportivo da Renault (aerofólio traseiro, ponteira de escapamento cromada, saias dianteira, traseira e laterais) dá o toque necessário para diferenciar o GT dos modelos ‘normais’, porém sem muita ousadia.
É possível incrementar a pintura com faixas adesivas, porém a versão avaliada não contava com este acessório.
As rodas de liga leve são de 17 polegadas, calçadas com pneus 205/55. Podiam ser de 18, mas isso seria preciosismo.
Vida a bordo
Por dentro, o Fluence GT é um carro completo. Vem com tudo que se espera de um veículo desta categoria, com destaque para o teto solar, abertura das portas por presença e acionamento do motor por botão (não é necessário tirar a chave do bolso para abrir, fechar e ligar o carro), bancos esportivos em couro com costura em vermelho, piloto automático com limitador de velocidade, e o painel digital.
O Fluence GT atrai pelo conjunto da obra, uma vez que entre os sedans médios com motor turbo, não é o mais potente, nem o mais tecnológico, e também não é o mais bonito, mas é completo (só faltou um sistema start-stop, ainda inédito neste segmento), e muito confortável (talvez o mais confortável entre os concorrentes).
Assim, é compreensível uma certa preferência pelo modelo. Entre as marcas francesas, a Renault é a que sabe melhor calibrar o sistema de suspensão para o piso irregular das ruas brasileiras, e isso é uma vantagem para o consumidor, que leva para casa um modelo bem ajustado. Porém, não se engane, pois apensar de levar o emblema Renault, não é um Renault legítimo, mas sim o modelo SM3 da subsidiária coreana Samsung Motors. Mas, vale a pena.
Ficha técnica
Renault Fluence GT
Motor: 2.0 l turbo, dianteiro, 4 cilindros, 16 V, gasolina
Cilindrada: 1.998 cm³
Potência: 180 cv a 5.500 rpm
Torque: 30,6 kgfm a 2.500 rpm
Câmbio: manual – 6 velocidades
Direção: elétrica progressiva
Tração: dianteira
Pneus: 205/55 R17
Freios: disco ventilado na dianteira (280 mm) e sólidos na traseira (260 mm), com ABS e EBD
Dimensões: comprimento, 4.640 mm; largura, 1.810 mm; altura, 1.470 mm; entre-eixos, 2.700 mm
Peso: 1.341 kg
Volumes: porta-malas 530 l; tanque de combustível: 60 l
Desempenho:
aceleração de 0 a 100 km/h em 8.0 s;
velocidade máxima de 220 Km/h
Editor da Revista Farol Alto