Quando o assunto é moto superesportiva, a inglesa Triumph Daytona 675R é presença garantida, mesmo que você tenha ouvido falar pouco dela. Mas, quem é apaixonado por superbikes, com certeza já sonhou em pilotá-la.
O motivo disso pode ser a incrível potência máxima de 128 cv obtidos a 12.500 rpm gerada pelo motor de três cilindros de 675 cc, que acelera a moto de 0 a 100 Km/h em pouco mais de 3 segundos, e supera os 260 Km/h de velocidade final.
Mas, para o piloto e gerente geral da oficina Somoto, na zona Norte de São Paulo, Diego Tartalho, que a convite do Jornal Farol Alto avaliou o modelo, a dirigibilidade também é um dos pontos fortes da Daytona 675R. “É muito boa de estabilidade. Incrível como vai bem tanto nas curvas de baixas quanto nas de altas”, comenta.
Outro ponto de destaque, segundo Diego, é a o sistema quick-shift de mudança das marchas, que segundo a montadora foi reprogramado para oferecer mudanças ainda mais rápidas e suaves. “Além de ter um motor forte e com respostas rápidas, o quick-shift ajuda bastante, deixando as trocas de marchas mais rápidas”, diz Diego.
O recurso modifica o tempo de corte da ignição de acordo com a velocidade e a carga do motor, proporcionando uma mudança de velocidade suave sob condições de alta velocidade na pista e também em pilotagem moderada nas ruas.
Quem também curtiu bastante a moto foi o consultor automotivo do Jornal Farol Alto e proprietário da oficina Stilo Motores, Francisco Carlos de Oliveira. “Ela é muito leve e fácil de pilotar”, comenta.
Vida a bordo
Porém, nem tudo são flores. Diego comenta que sentiu um certo desconforto gerado pelo aquecimento do motor. “Mesmo em estradas, a gente sente o calor vindo do motor, e isso incomoda um pouco, mas como ela é muito divertida de pilotar, dá para suportar”, afirma.
Como gerente geral de oficina de motos, Diego comenta que este tipo de motocicleta tem elevado custo de manutenção, e devido à grande quantidade de sistemas eletrônicos, não é possível descuidar das revisões.
Entre os equipamentos de série, destaque para os sistema de freios ABS com três níveis de regulagem: On, Racing e Off.
O pacote de instrumentos conta com tela de LCD multifunções, velocímetro digital, medidor de combustível, computador de bordo, conta-giros analógico, contador de volta, indicador de marcha engatada, luzes de mudança de marchas programáveis, relógio, preparação para instalação de Sistema de Monitoramento de Pressão dos Pneus e sistema de freios ABS.
“No geral, dou nota 8,5 para a Daytona 675R, pois é uma excelente moto para se pilotar em curvas, oferece confiança e muito controle. O motor três cilindros manda muito bem em medias e altas rotações, e isso, juntamente com os avanços tecnológicos, favorece a condução esportiva”, diz Diego.
Ficha técnica
Triumph Daytona 675R
Motor: Gasolina, quatro tempos, refrigeração líquida, 12 válvulas, DOHC, três cilindros em linha
Cilindrada: 675 cm³
Potência: 128 cv a 12.500 rpm
Torque: 7,5 kgfm a 11.900 rpm
Câmbio: Manual de seis marchas com transmissão por corrente
Suspensão Dianteira: Öhlins de 43 mm, garfos NIX30 invertidos com regulagem de amortecimento de pré-carga, rebote e compressão de alta/baixa velocidade, curso de 120 mm
Suspensão Traseria: Amortecedor único Öhlins TTX36 Twin Tube com dois cilindros internos e com reservatório, regulagem de amortecimento de rebote e compressão, curso de 133 mm
Pneus: 120/70 R17 na frente e 180/55 R17 atrás
Freios: Discos duplos flutuantes na frente (310 mm) e disco atrás (220 mm), com ABS
Dimensões: 2,04 metros de comprimento, 1,11 m de altura, 0,69 m de largura, 1,37 m de distância entre-eixos e 0,83 m de altura do assento
Peso: 184 kg
Tanque do combustível: 17,4 litros
Editor da Revista Farol Alto
