Algumas pessoas nasceram para ser patrão mesmo sem ter tido berço de ouro. Uma delas é o empresário Francisco Carlos de Oliveira, proprietário da Stilo Motores, localizada na zona Norte de São Paulo.
A história dele não é muito diferente de outras centenas de pessoas. Ainda criança veio para São Paulo, e na busca por uma profissão, conheceu o mundo da mecânica automotiva. Inicialmente o aprendizado ocorreu na prática. Curioso, sempre buscou saber mais para fazer melhor Assim, com o tempo fez diversos cursos de especialização no Senai.
“Trabalhei em diversas oficinas e em todas sempre fui bem quisto”, lembra Oliveira. “Um dia, decidi trabalhar por conta própria. Comprei um celular, fiz um monte de cartões de visita e comecei a distribuir na vizinhança. O primeiro cartão que entreguei foi o primeiro serviço que peguei, algumas horas depois”, conta.
Como não tinha oficina própria, usava as instalações dos antigos patrões, para quem pagava um ‘aluguel’ pelo uso do espaço e ferramentas mais específicas. “Cada dia atendia em uma oficina diferente”, lembra.
A oportunidade de ter endereço próprio foi inesperado. Sem condições para assumir os custos da estrutura sozinho, saiu em busca de um sócio, e assim abriu a primeira oficina, na rua Mariquinha Viana. “Tudo funcionava muito bem, mas com o tempo descobrimos que nossas ideias sobre como atender os clientes eram completamente diferentes. Como ele não abria mão da parte dele, vendi a minha e abri a Stilo Motores. Eu continuo aqui, mas ele, não”, diz Oliveira.
Com mais de 25 anos de profissão, Oliveira sabe como deve trabalhar para manter os negócios sempre em alta. “Hoje raramente coloco a mão na massa, eu atendo o cliente, faço o diagnóstico, monto orçamento e faço o teste antes de entregar o carro”, diz. “O reparo deixo para os mais jovens, e me preocupo mais com a qualidade do serviço. Afinal, cliente satisfeito é negócio garantido”, afirma.
A estratégia tem dado resultados. A mais recente inovação tem sido em parceira com o Jornal Farol Alto. Oliveira contratou o sobrinho para distribuir o jornal no cruzamento das avenidas Maria Amália e Nova Cantareira, próximo à oficina. Antes, porém, ele encarta cada exemplar com um panfleto da loja.
“Já vieram três novos clientes fazer orçamento, sendo que um deles aprovou o serviço”, comenta. “Esse único trabalho pagou todo o investimento dos três meses de propaganda, incluindo a impressão dos panfletos e o custo de distribuição”, diz.
“E o mais interessante é que os motoristas fazem questão de pegar o jornal, diferentemente das propagandas de imóveis, que muitos rejeitam. Isso dá credibilidade para a oficina”.
Editor da Revista Farol Alto