Quem entra na Autoelétrica Morikawa hoje não imagina a transformação que a oficina tem sofrido nos últimos dois anos.
“Toda esta área aqui era descoberta, e a gente consertava carro sob o sol e a chuva”, comenta o proprietário, Alexandre Morikawa, aos contar que o investimento na reforma ocorreu depois que a irmã mostrou a fachada da oficina no Google Maps. “Não gostei do que vi e decidi mudar, deixar mais bonita e organizada”, diz.
Simultaneamente, o reparador se inscreveu em diversos cursos no Sebrae, sobre gestão empresarial, e passou a aplicar as técnicas administrativas na empresa. “Não tinha nem cadastro de clientes até então”, afirma.
Engano
O início da vida profissional como reparador automotivo ocorreu por engano, segundo Morikawa. “Queria abrir uma loja de som e acessórios automotivos, mas para isso me indicaram um curso de autoelétrico no Senai, e descobri que podia fazer muito mais do que instalar som”, diz. Assim, em 5 de dezembro de 1988, abriu a oficina, nos fundos da casa do pai, no mesmo endereço que está até hoje, no Jardim Cumbica, em Guarulhos.
“Comecei sem um centavo no bolso. Até abrir a oficina, trabalhava como relojoeiro e o pouco que ganhava ia comprando ferramentas e montando um pequeno estoque de autopeças”, lembra.
O primeiro funcionário foi o irmão mais novo, Fernando, que até hoje trabalha na oficina. “Ele tinha 12 anos quando abri a oficina e vinha sempre me ajudar”, diz Com o passar do tempo, Morikawa foi ampliando a gama de serviços, e hoje conta com seis colaboradores, sendo dois mecânicos, um eletricista, um ajudante e duas assistentes administrativas, que cuidam da recepção e do trabalho de escritório.
GAEQ
O início das mudanças na empresa de Morikawa ocorreu quando foi convidado por um amigo a participar do GAEQ (Grupo Automotivo Excelência e Qualidade), que conta com nove empresas de reparação automotiva e se reúnem mensalmente para trocar experiências e aprender sobre gestão empresarial. “Agora estou começando a virar empresário”, diz satisfeito com as mudanças.
Uma delas foi a informatização da oficina, que passou a contar com um software de gestão online para cadastro de clientes e serviços. “O programa me ajuda muito, todos os meses há atualizações e isso facilita a vida”, diz.
A soma reforma das instalações e a nova cultura empresarial já tem rendido bons frutos. “Percebi uma renovação de clientes muito grande, teve mês que a quantidade de clientes novos foi maior do que os antigos’, comenta.
Editor da Revista Farol Alto