O atual cenário econômico do País é totalmente desfavorável para a grande maioria dos brasileiros, cheio de incertezas e aumentos de preços, tarifas e impostos. A alimentação está mais cara, o transporte público, a conta de luz, água e também os combustíveis. Aqui na oficina temos notado que o consumidor está mais atento ao valor do combustível, e tentando a todo custo reduzir gastos, mas neste exercício, tem trocado os pés pelas mãos e realizado mau negócio.
O consumidor precisa ficar esperto com combustível muito barato, porque na maioria das vezes trata-se de produtos fora de especificação que no final das contas dão mais prejuízo do que economia. O combustível barato quase sempre é aditivado com substâncias nocivas para o motor do carro, seja ele a gasolina, etanol, flex ou diesel. É como comer algo com raticida. Vai sustentar e dar alívio à sensação de fome, mas logo em seguida fará mal, a ponto de precisar ir ao hospital e tomar remédios. Com o carro, a mesma coisa. Após abastecido com combustível de qualidade duvidosa (normalmente os muito mais baratos do que a média de mercado), ele vai andar e funcionar, mas com o tempo vai perder potência, performance, desempenho e ficar mais gastão. Na pior das hipóteses, vai parar de funcionar.
E quando essas situações acontecem, não tem jeito. É preciso parar para medicar o carro: limpar o sistema de injeção, trocar velas e cabos de ignição, filtros, sensores etc., pois o combustível ruim pode afetar diversos componentes do motor.
Ocorre, porém, que o orçamento está apertado para todos, mas quem tem carro precisa ficar atento para essas situações, e ir além: se programar para as revisões preventivas, que são a melhor forma de economizar dinheiro. Como assim? Simples.
Recomendamos aos nossos clientes uma revisão no sistema de suspensão a cada 10.000 km (aproximadamente uma vez por ano para quem roda na média do brasileiro, que é cerca de 1.000 km/mês). Nesta revisão, fazemos avaliação dos amortecedores, das molas, dos componentes de direção (coxins, bieletas, bandejas, pivôs, terminais axiais, coitas, homocinética), balanceamento, alinhamento e rodízio dos pneus.
Realizar esse tipo de serviço significa certificar-se de que os pneus estão gastando por igual, assim serão utilizados na totalidade da vida útil. Evitá-lo pode significar a perda prematura de um pneu ou mais, e com isso um gasto inesperado na troca de um componente que é pelo menos duas vezes mais caro do que a revisão. Assim, prevenir é o melhor negócio. Ainda mais nesse período de vacas magras.
Editor da Revista Farol Alto