Agora fabricado no Brasil, o Nissan Kicks ganhou novas versões, inclusive uma de entrada, batizada de Kicks 1.6 S MT, com câmbio manual de cinco marchas, que atualmente custa R$ 71.990 (R$ 1.490 mais caro do que no lançamento, em julho).
Avaliamos o modelo, na cor Branco Diamont, que acresce R$ 1.350 ao preço, equipado com o pacote de opcionais Pack Safety, com controles de tração e estabilidade e o sistema de partida em rampa, que custa R$ 1.200.
A unidade disponibilizada pela montadora contava ainda com diversos acessórios, como moldura do para-choque dianteiro e traseiro (R$ 211,86), friso de porta lateral com logo cromado (R$ 479,83), barra transversal (R$ 1.879,10), alarme ultrassom (R$ 351,20), tapete de carpete (R$ 591,67), aerofólio traseiro (R$ 646,94) e ponteira do escapamento cromada (R$ 224). Os preços não incluem mão de obra para instalação. Assim, no total, a unidade avaliada tem preço sugerido superior a R$ 78.924,60.
Ao volante
A experiência de condução do Kicks com câmbio manual é muito boa. A relação de marchas é bem escalonada, o que permite rodar com economia, tanto na cidade quanto na estrada. Durante a semana de teste foi possível fazer média acima a 12 km/l com etanol, na estrada, bem maior do que os 9 km/l anunciados pelo Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular do Inmetro.
O espaço interno é bom, leva cinco ocupantes adultos bem confortáveis. O banco traseiro poderia contar com apoio de braço central, acessório que a versão não disponibiliza nem como opcional.
A suspensão tem bom acerto para um SUV compacto. Não é muito mole nem rígida demais. Calçado com pneus 205/60 R16, a absorção das irregularidades do piso é boa. Porém, as rodas de aço com calotas não convencem, assim como a adoção de freios a tambor na traseira. Para um veículo de mais de R$ 70 mil, seria justo rodas de liga leve e freios a disco como item de série.
O acabamento interno também não é dos melhores. Não encontramos problemas de encaixe nas peças plásticas, mas a simplicidade reina. Plásticos duros no painel e laterais de portas mostram que se trata de um carro em que o custo não condiz com o preço de venda. Mas este é o mercado brasileiro, sem muita exigência em qualidade de materiais, mas, sim, estar na moda e ter um belo design, algo que a Nissan caprichou no Kicks.
O sistema de entretenimento também é pobre nessa versão, apesar de contar com USB e Bluetooth para sincronismo com celular. Mas, não é nada sofisticado e limita o uso para apenas o áudio. No final das contas, o Kicks S é um carro básico, sem frescura, sem muito valor agregado, bom para quem precisa aparecer bonito na foto e não quer gastar R$ 100 mil em uma versão mais completa do modelo.
Ficha técnica
Nissan Kicks 1.6 S MT
Motor: dianteiro, transversal, flex, 4 cilindros, 1598 cm³, 16 v, DOHC, comando de válvula variável na admissão, 114 cv a 5600 rpm (etanol/gasolina), 15,5 kgfm a 4000 rpm (e/g); diâmetro x curso: 78 x 83,6 mm; taxa de compressão: 10,7:1
Câmbio: manual de 5 marchas
Tração: dianteira
Direção: assistência elétrica
Suspensão: independente tipo McPherson na dianteira, e eixo de torção na traseira
Freios: a disco ventilado na dianteira e tambor na traseira
Rodas e pneus: aço, 205/60 R16
Dimensões: comprimento, 4295 mm; largura, 1760 mm; altura, 1590 mm; entre-eixos, 2610 mm, peso, 1109 kg, porta-malas, 432 l; tanque de combustível, 41 l
Desempenho: velocidade máxima, 175 km/h; aceleração 0 a 100 km/h: 11 s
Consumo PBE-V Inmetro: cidade – 7,8/11,1 km/l (e/g); estrada – 9/13 km/l (e/g)