Carros superpremium também precisam de manutenção e apresentam defeitos. E, normalmente, o custo acompanha o valor do veículo. Recebemos uma Mercedes-Benz ML-63 AMG 6.2 V8 32V 510cv, ano/modelo 2008/2009, com a reclamação de que o ar-condicionado não estava resfriando. Fizemos as verificações necessárias para chegar ao diagnóstico e constatamos que o compressor era o problema.
Quando zero Km, o veículo custava mais de R$ 500.000. Usado, do mesmo ano/modelo, o valor atual é de R$ 145.521, segundo tabela Fipe. A desvalorização é grande e o custo de manutenção também, mas ainda assim trata-se de um carro excelente, muito confortável, potente e de prestígio, que vale a pena manter.
Consultamos o valor do compressor que precisaria ser encomendado e o preço informado foi R$ 16.000, mais de 10% do valor do veículo. Diante dessa situação, em comum acordo com o cliente, começamos a buscar alguma alternativa que reduzisse o valor da manutenção.
Um compressor novo
custa mais de mais
de 10% do veículo
A solução encontrada foi a substituição de uma válvula que vai fixada ao compressor e comanda o fluxo do gás refrigerante. Não conseguimos comprar a válvula, pois o componente não é fornecido separadamente.
Conseguimos, porém, uma válvula emprestada, e a substituímos para confirmar que o defeito era provocado por ela. E eis que tivemos mais uma surpresa. Quando acionamos o ar-condicionado por meio do scanner, ele funciona, gela bem. Mas, pelo painel do veículo, não. O problema permanece o mesmo.
O defeito terá que ser revolvido de ma forma ou de outra. Porém, fica aqui mais uma situação que poderia ter uma solução viável e sem o sucateamento de uma peça grande e cara e que ainda funciona bem.
Essa situação também causa prejuízo pro técnico que demanda seu tempo e perde em eficiência, ao cliente que fica sem usar seu carro e pra marca que perde credibilidade.
Marcelo Navega é proprietário da Navega Mecânica
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