Volkswagen comemora 15 anos de tecnologia Total Flex

No dia 23 de março de 2003 a Volkswagen lançava no mercado brasileiro seu primeiro modelo total flex, ou seja, um automóvel que usava gasolina, etanol ou a mistura dos dois combustíveis. O pioneiro foi o Gol Power 1.6. Quinze anos depois e mais de 6 milhões de veículos vendidos até fevereiro de 2018, a Volkswagen comemora a evolução tecnológica.

Desde o lançamento do primeiro carro bicombustível, a Volkswagen já comercializou 6.673.709 veículos flexíveis (dados acumulados de março de 2003 a fevereiro de 2018). A gama atual de motores aspirados Total Flex inclui versões com 1,0l (com até 82 cv) e duas opções 1,6l (com até 104 cv e 120 cv). Além desses, há três configurações TSI (Turbocompressor e injeção direta de combustível) com essa tecnologia: dois 1.0l (de 105 cv a 128 cv e um 1.4 (de até 150 cv).

Sistema

O sistema flexível tem um complexo software capaz de, em segundos, adaptar o motor ao combustível presente no tanque. A implantação do sistema Total Flex exigiu a adaptação de vários componentes e sistemas, que precisaram ser protegidos da ação corrosiva do etanol. Entre eles figuram o tanque, bomba e condutos de combustível, válvulas e sedes de válvulas, bicos de injeção, velas de ignição, catalisador e sistema de escapamento.

A evolução dos propulsores flex é constante. Em 2015 a marca lançou no mercado nacional propulsores que uniam eficiência com desempenho. Ou seja, do primeiro motor com injeção direta, turbocompressor e flexível produzido no Brasil, que equipou o Up!

A sigla TSI representa a tecnologia do motor: injeção direta de combustível, combinada ao turbocompressor, que permite o downsizing (redução da cilindrada, com desempenho). A tecnologia TSI está baseada na injeção direta de combustível, que possui as vantagens de ser mais precisa e de não depender dos tempos de abertura das válvulas, injetando a quantidade exata de combustível em todas as condições de uso.

O turbocompressor aumenta a massa de ar admitida pelo motor para seu funcionamento ao comprimir esse ar. Ao se utilizar turbocompressor, parâmetros como potência, torque e eficiência são aumentados significativamente em comparação a um motor de mesma cilindrada com aspiração natural. Além de aumentar a potência, o turbocompressor tem a função de poupar energia e gerar mais força – ele aproveita gases de escapamento que seriam descartados.

Já a válvula wastegate (ou válvula de passagem) é o acelerador do turbo, controlando a passagem dos gases de escape pela turbina. Controlada eletronicamente pela unidade eletrônica de controle do motor (ECU), a válvula wastegate deve ser fechada em baixos regimes de rotação de modo a permitir ao turbocompressor receber toda a corrente de gases de escapamento (que atingem altas temperaturas), o que assegura formação de torque consistente.

 

Antonio Puga

Antonio Puga é jornalista, especializado no setor automotivo

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