A venda de veículos importado no primeiro semestre de 2018 fechou em alta. Segundo dados da Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores (Abeifa), no acumulado, as 16 marcas associadas à entidade, foram 17.947 unidades importadas licenciadas, alta de 35,1% em relação às 13.289 unidades emplacadas no primeiro semestre de 2017.
O presidente da Abeifa, José Luiz Gandini, explica que “o desempenho negativo de vendas em junho ante maio foi resultado da alta do dólar. Com o objetivo de recuperar consecutivas quedas de vendas nos últimos cinco anos, os importadores procuraram oferecer produtos e preços competitivos no início do ano. Mas com a persistente pressão do dólar, o setor foi forçado a rever promoções e até aumentar seus preços em reais”.
Embora o cenário do setor de importação de veículos esteja difícil, por conta da variação cambial, e da instabilidade econômica por que passa o país, Gandini acredita na recuperação. “O mercado deve reagir, como ocorre historicamente, no segundo semestre, em especial porque este ano teremos o Salão do Automóvel, quando os importadores apresentam suas novidades”, explica.
As cinco marcas que mais venderam, no primeiro semestre de 2018, foram a Kia Motors (6.095 unidades / +54,8%), Volvo (2.668 / +72%), Jac Motors (2.202 / +33,1%), Lifan (1.352 / +8,2%) e BMW (1.344 / +43,9%). No mês de junho, Kia Motors (858), Volvo (537), Jac (388), BMW (242) e Land Rover (223) foram o quadro das cinco marcas que mais licenciaram.
Participações
Em junho último, o total de 3.013 unidades importadas da Abeifa significou 1,54% do mercado interno, que emplacou 195.066 automóveis e comerciais leves. Considerado somente a importação total, as associadas à Abeifa responderam por 11,73% (do total de 25.694 unidades importadas).
Entre as marcas as associadas que também têm produção nacional, BMW, Chery, Land Rover e Suzuki fecharam o mês de junho com 1.831 unidades emplacadas, total que representou queda de 5,2% em relação a maio de 2018. Comparado a junho do ano passado, a alta é de 1,6%, quando foram emplacadas 1.802 unidades nacionais.
Antonio Puga é jornalista, especializado no setor automotivo