Poucas pessoas se preocupam com a higienização do ar condicionado do carro, mas a manutenção é fundamental para garantir a qualidade do ar que circula no interior do veículo. Pesquisa feita pelo CTTi da DPaschoal comprova redução de micro-organismos após limpeza e troca de filtros. Anvisa recomenda higienização a cada seis meses.
O ar-condicionado nos automóveis é um item cada vez mais indispensável, seja no verão ou no inverno, uma vez que também produz aquecimento. Mas poucos são os proprietários de veículos que se preocupam em fazer manutenções periódicas do sistema, apesar de as revisões serem gratuitas em muitas oficinas e os preços das peças, relativamente baratos quando a troca é necessária.
Os médicos alertam que a falta de manutenção do ar-condicionado veicular pode gerar inúmeros problemas para a saúde. Sem a manutenção correta, o equipamento sujo acumula fungos, ácaros, vírus e bactérias, o que afeta, em especial, idosos, crianças e pessoas com doenças respiratórias. “Esses micro-organismos são invisíveis e ficam suspensos no ar. Quem respira o ar sujo pode ter crises respiratórias alérgicas ou infecciosas”, diz a médica Talita Rehder.
Recentemente, O CTTi da DPaschoal – em parceria com a Fundação André Tosello e com a Cartech Air – promoveu uma pesquisa sobre a atividade e o impacto microbiológico no sistema de ventilação do ar-condicionado de veículos antes e após os serviços de higienização. Foram feitas coletas para a análise de contagem de micro-organismos (bactérias e fungos) em sete diferentes veículos. A verificação da concentração de agentes microbiológicos foi analisada em três situações: antes da higienização e da troca do filtro, 15 minutos após a higienização e troca do filtro, e uma hora e meia após a realização do serviço.
Todas as análises comprovaram que a higienização com a troca do filtro diminuiu a concentração de micro-organismos. Em um automóvel Nissan Livina, por exemplo, a contagem total das UFCs – Unidades Formadoras de Colônias – era de 16 na pré-higienização, 11 na pós-higienização e de apenas 6 após 90 minutos da realização do serviço. As coletas para análise foram feitas diretamente nos veículos em ambiente controlado, com o menor número de variáveis possíveis.
Problemas técnicos
A falta de manutenção nesse equipamento pode acarretar, também, problemas técnicos, como a perda de eficiência do ar-condicionado devido à sujeira acumulada no filtro, a consequente diminuição da vida útil dos componentes, além de aumento do consumo de combustível.
Embora durante a manutenção seja necessária a avaliação de todos os componentes do sistema, normalmente é indicada a troca do filtro de cabine.
Antonio Puga é jornalista, especializado no setor automotivo