As vendas e produção de veículos automotores no acumulado de janeiro a dezembro de 2018 foram, respectivamente, 14,6% e 6,7% maiores do que no mesmo período do ano passado, segundo a Anfavea, Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores. No total, foram comercializados 2.566,4 mil veículos, ante 2.239,7 mil em 2017. Na produção, foram montados 2.880,7 mil unidades no ano passado, ante 2.699,2 mil registrados em 2017.
Em dezembro de 2018 as vendas bateram recorde, com o licenciamento de 234,5 mil unidades, número 10,3% superior a dezembro de 2017. “Foi a melhor média diária de vendas desde dezembro de 2014”, comenta Antonio Megale, presidente da Anfavea. Com dois dias úteis a menos do que em novembro de 2018, as vendas diárias de dezembro ultrapassaram 12 mil unidades.
Produção
Por conta das férias coletivas e elevado número de carros em estoque, a produção de veículos em dezembro foi baixa. Ao todo, saíram das montadoras 177,7 mil veículos, número 16,8% menor do que o registrado em dezembro de 2017, quando foram produzidas 213,7 mil unidades.
Segundo a Anfavea, em novembro havia 290,8 mil veículos em estoque (173,8 mil nas concessionárias e 117 mil nas fábricas). Em dezembro, este número caiu para 255,1 mil unidades (192,1 nas concessionárias e 63 mil nas fábricas).
Projeções
Para este ano, a Anfavea projeta crescimento de vendas na ordem de 11,4%, com um total de 2.860 mil veículos, sendo 2.755 mil de veículos leves e 105 mil de veículos pesados.
Nas exportações, a expectativa é de queda de 6,2%, com vendas externas de 590 mil unidades, ante 629 mil realizados em 2018. A crise econômica na Argentina tem sido o principal responsável pela má atuação no mercado externo, uma vez que o país vizinho é o principal comprador de veículos produzidos no Brasil.
Já na produção, a Anfavea espera montar 9% mais veículos do que em 2018, ultrapassando assim a marca de 3 milhões. Ao todo, deverão sair das plantas 3.140 mil unidades, sendo 2.990 veículos leves e 150 mil veículos pesados.
Segundo Megale, a estimativa está baseada em aumento do PIB (Produto Interno Bruto) para 2,5% a 3% (em 2018 foi de 1,5%), na aprovação das reformas, principalmente da previdência, taxas de juros em níveis razoáveis, meta de inflação de 4%, câmbio com dólar entre R$ 3,5 a R$ 3,7, retomada dos investimentos em infraestrutura e confiança crescente do consumidor.