Finalmente a FCA – Fiat Chrysler Automobiles decidiu investir em novos motores mais modernos e tecnológicos. Até o fim de 2020, os novos lançamentos da marca contarão com propulsores turbo flex, com injeção direta de combustível e sistema MultiAir, entre outras características. Para tanto, a FCA investirá R$ 500 milhões em uma nova fábrica de motores na planta de Betim (MG).
O anúncio ocorreu na tarde de ontem (quarta-feira, 22 de maio), em Betim, pelo CEO mundial da FCA, Mike Manley, e pelo presidente/COO do grupo para a América Latina, Antonio Filosa. Os novos motores, da família GSE Turbo, terão 3 e 4 cilindros nas mesmas cilindradas dos motores Firefly N3 e N4 (1.0 l e 1.3 l, respectivamente). Características como potência e torque não foram divulgadas.
No entanto, a FCA já determinou que os novos motores terão bloco de alumínio, quatro válvulas por cilindro, coletor de escape integrado ao cabeçote, sistema de arrefecimento misto água/ar integrado no coletor de admissão para refrigerar o ar aspirado, e bomba de óleo variável, além do turbo, injeção direta e MultiAir.
Outra novidade será o desenvolvimento de um novo motor, o E4, com base no GSE Turbo de 4 cilindros, otimizado para o uso de 100% de etanol, com objetivo de reduzir o gap de consumo do etanol em relação à gasolina, que é de 30% atualmente.
A expectativa da FCA é produzir 100 mil motores por ano a partir de 2020. Para tanto, deve criar 1200 novos empregos entre FCA e fornecedores. A marca informa também que já tem programado a exportação de 400 mil unidades até 2022, para diversos países, principalmente o mercado europeu.
A chegada dos motores GSE Turbo não implica, no entanto, na eliminação dos atuais propulsores produzidos pela FCA. Betim (MG) manterá a produção dos motores Fire 1.0 flex e 1.4 gasolina e flex, Firefly 1.0 flex e 1.3 gasolina e flex. A planta de Campo Largo (PR) vai continuar a produzir os motores E.torQ 1.6 (gasolina, exportação) e 1.8, nas configurações gasolina e flex.
Editor da Revista Farol Alto
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