O funcionamento do motor exige do motorista cuidados rigorosos, principalmente com o sistema de arrefecimento. Não basta apenas colocar água no reservatório e sair, o trem de força necessita de um aditivo especial para não corroer e nem oxidar.
Os aditivos foram desenvolvidos para refrigerar o motor, gerando uma ação protetora anticorrosiva e antioxidante, além de dissipar o calor, melhorando a lubrificação entre as peças e evitando desgaste, carbonização, borras, perda de energia motriz e, até mesmo, ruídos e vibrações. Este produto pode ainda ser acrescentado em lubrificantes mineral, sintético ou semissintético.
Mas é comum encontrar aditivos que não atendem às normas ABNT(Associação Brasileira de Normas Técnicas), não contêm anticorrosivos em quantidade suficiente e nem mesmo o Monoetilenoglicol, componente que garante que o sistema de arrefecimento trabalhe com temperatura e pressão adequadas.
Segundo o gerente de Engenharia da Delphi Technologies, Emerson Janotti, muitas pessoas utilizam o produto de forma equivocada. . “Os produtos de baixa qualidade e não certificados provocam corrosão ao ponto de inutilizar o motor. Além disso, existem aditivos que nem mesmo atingem os pontos de ebulição e congelamento adequados para o sistema de arrefecimento. É realmente essencial ficar atento ao rótulo do produto e adquirir uma solução de boa procedência. Também reforçamos sobre a importância de o motorista substituir ou completar o fluido com um mecânico especializado”, diz.
O especialista lembra que ao realizar a manutenção por conta própria, sem consultar um mecânico, e não escolher um produto de qualidade, o carro pode sofrer corrosões em algumas peças fundamentais do propulsor, gerando um elevado custo para a substituição de componentes. “É essencial ainda verificar se o produto está dentro dos padrões exigidos pela ABNT e estar atento ao que diz o manual do automóvel. Em alguns casos, é necessário utilizar um líquido de refrigeração com 60% de água e 40% de aditivo, sendo a determinação desta porcentagem especificada pelo fabricante do veículo”, completa Janotti.
Antonio Puga é jornalista, especializado no setor automotivo