A segurança ativa e passiva no automóveis teve um desenvolvimento nos últimos anos surpreendente, principalmente nos modelo de luxo. Freios ABS de quinta geração, faróis que acompanham as curvas nas estradas são alguns itens de uma lista quase interminável.
Mesmo assim, a redução de batidas e acidentes com vítimas graves ou fatais não acompanha a evolução da tecnologia. Os números revela que a cada 15 minutos, uma pessoa morre em um acidente de trânsito no Brasil – em alguns períodos do ano, os acidentes graves chegam até a aumentar. A desatenção dos motoristas, ingestão de bebida alcoólica ou em alta velocidade contribuem para o elevado número de acidentes, inclusive com vítimas fatais .
Para auxiliar os motoristas a FFTech trouxe para o Brasil o Mobileye , dispositivo com tecnologia israelense que funciona como um “terceiro olho” na condução de veículos e emite alertas visuais e sonoros. O equipamento também lê as placas de velocidade máxima, calcula distâncias entre veículos e prevê impactos antecipadamente.
Uma câmera instalada no para-brisa do carro, próxima do ponto de apoio do espelho retrovisor interno, o Mobileye consegue identificar formas, veículos e pedestres, além de texturas – como marcações de faixa e placas de sinalização de trânsito. Os dados internos e externos são interpretados em milésimos de segundos e emite sinais de alerta ao calcular potenciais riscos, que podem ser: o impacto com outro veículo, o cruzamento de pedestres e ciclistas, ou ainda a saída do motorista das faixas que delimitam o sentido das estradas e rodovias.
Desta forma, o motorista ganha um tempo de reação, para poder diminuir a velocidade, frear ou desviar do obstáculo. A tecnologia previne 90% das colisões decorrentes de falhas humanas que causam, anualmente, 1,5 milhão de mortes e deixam 50 milhões de feridos em estradas no mundo. Sem contar os custos com seguro e colisões corriqueiras do dia a dia.
O dispositivo também oferece uma versão direcionada para veículos de grande porte, como ônibus. O Mobileye Shield+ funciona por meio de sensores instalados na parte frontal e em pontos estratégicos do ônibus, cobrindo pontos cegos, e fornecendo avisos para a prevenção de colisões. Ao analisar situações multivariáveis e interagir com os motoristas, por meio de alertas, o sistema calcula ainda a distância mais segura para prevenir impactos.
Antonio Puga é jornalista, especializado no setor automotivo