O que parecia ser inevitável, acabou se transformando em realidade. O Salão do Automóvel de São Paulo que seria realizado em novembro, foi adiado para 2021. A decisão foi tomada em consenso entre Anfavea, Reed Alcântara Machado – organizadora do evento- e as montadoras.
Desde a desistência de uma dezena de fabricantes de veículo entre elas a Chevrolet, Peugeot, Citroën, Land Rover, Jaguar, BMW, Kia, Honda, Hyundai e Toyota, o adiamento vinha sendo cogitado, embora a Anfavea e a Reed buscassem um novo formato para a edição deste ano.
O investimento no salão é considerado alto pelos CEOs das montadoras, onde os gastos variam de R$ 3 milhões a R$ 30 milhões, valores que podem subir dependo do tamanho do estande e da infraestrutura. Uma grande parte das empresas tem optado por realizarem eventos voltados principalmente para clientes e possíveis clientes, onde o custo é muito menor, além de oferecer resultados mais rápidos.
O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) Luiz Carlos Moraes, disse que houve um consenso das montadoras em adiar o salão e procurar um novo formato. ”A revisão do formato dos salões é um movimento mundial. A indústria está se reinventando e os salões precisam passar por isso também . Tudo está na mesa. Formato, condições e locais. Acho que é uma possibilidade ter um grande salão para toda a América Latina”, explica Moraes.
Segundo Cláudio Della Nina, presidente da Reed Exhibitions Alcantara Machado, o desafio é propor um novo salão. “A Reed possui o grande desafio de propor um novo Salão do Automóvel alinhado com as expectativas do público visitante e com a nova realidade das montadoras. Estamos focados na solução deste desafio e comprometidos com a entrega da melhor edição do Salão do Automóvel em 2021”, concluiu.
Antonio Puga é jornalista, especializado no setor automotivo