Quem nunca passou horas e mais horas limpando cada parte do carro? Certamente milhares de motoristas. Os mais radicais chegam mesmo a fazer a limpeza do motor para deixá-lo igualzinho quando saiu da concessionária.
Só que essa prática não é recomendada, principalmente se a limpeza for feita com produtos químicos e jatos de água de alta pressão.
Qual a saída, então? O Cesvi Brasil (Centro de Experimentação e Segurança Viária) tem algumas dicas que podem ajudar a deixar o “coração” do carro limpinho.
Antes de mais nada é bom saber que o jato de água contra o radiador pode provocar a dobra das lâminas, que obstruirão o fluxo de ar, prejudicando o arrefecimento do motor por meio do radiador.
Os veículos de hoje possuem inúmeros conectores elétricos de sensores e atuadores do sistema de injeção eletrônica, que podem acumular água no caso de uma lavagem dessas, principalmente em alta pressão, com risco de mau contato e até oxidação interna do conector, gerando problemas e falhas no funcionamento do motor.
A projeção de água nos cabos de vela ou bobinas de ignição também não é recomendada, pois pode causar fuga de corrente ao longo do cabo e do conector de vela.
Não utilize agentes químicos para limpeza, soluções alcalinas mais conhecidas como limpa-baú, pode provocar reações e ressecamento em retentores do motor, mangueiras, correias e borrachas em geral, além de causar oxidação em determinados metais e conectores.
Fim do mistério
O ideal para limpeza do motor é o uso de um pano úmido e, posteriormente, um pano seco para remover eventuais sujeiras. Quanto ao esguicho de água, ele é mais útil molhando as plantas.
Antonio Puga é jornalista, especializado no setor automotivo