A crise no crédito ao consumidor e o crescimento no estoque levou os fabricantes de automóveis a paralisar a produção de veículos, além de dar férias coletivas para os funcionários das fábricas. O primeiro fabricante a paralisar suas atividades foi a General Motors, agora Volkswagen, Hyundai e a Stellantis aderiram as férias coletivas.
O período de férias vai até abril, variando de fabricante para fabricante. A parada, seguindo as montadoras, é em decorrência na irregularidade no fornecimento de componentes como os semicondutores, problema que vem se arrastando desde 2021 devido a pandemia da Covid-19 e mais recentemente com a guerra na Ucrânia.
Outro problema é em relação ao crédito ao consumidor que registra uma alta porcentagem de inadimplência. Segundo dados da Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (ANEF) a inadimplência de pessoa física (atrasos de pagamentos com mais de 90 dias) alcançou 5,9%, um aumento de 1,5% em relação a 2021. Já no financiamento CDC- crédito direto ao consumidor- foi de 5,4%, sendo 1,6% a mais do que no ano anterior. E no Leasing 3,3%, diminuição de 0,3%.
Na análise da porcentagem de atrasos entre 15 e 90 dias, a carteira de CDC, para pessoa física, teve uma alta de 0,8% no ano, passando de 6,6% para 7,4% do total de financiamentos da carteira. Para pessoa jurídica, o aumento foi de 1,1%, passando de 2,5% para 3,6% do total de atrasos.
Antonio Puga é jornalista, especializado no setor automotivo