Jeep Renegade Longitude 2.0 Diesel – Muito carro para a cidade

O Jeep Renegade marca uma nova era da marca no Brasil. Agora pertencente à Fiat, a Jeep (assim como a Chrysler, Dodge e RAM) recebe status de montadora nacional, com a inauguração da fábrica em Goiana, Pernambuco, onde o Renegade é produzido, em quatro versões, duas opções de motores (flex e diesel), três opções de câmbio (manual de 5 velocidades, automático de 6 e 9 velocidades), opção de tração dianteira ou 4×4, e preços de R$ 68.900 a R$ 119.900. Coisa de louco.

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Avaliamos a versão intermediária Longitude 2.0 Diesel AT9 4×4, que custa a partir de R$ 109.900 e é preciso tirar o chapéu para a Jeep, pois o conjunto da obra é muito bom. Claro que o veículo testado estava com todos os opcionais disponíveis: roda de 18’’ e bancos com couro (R$ 4.000), air bags laterais, de cortina e joelhos para o motorista, sistema de monitoramento de pressão dos pneus (R$ 4.000), teto solar elétrico panorâmico (R$ 7.650).

Além disso tinha todos os opcionais do Pack Tecnology 1, com detector de pontos cegos, sistema park assist, keyless Enter ‘n Go, acendimento automático dos fárois, sensor de chuva, espelho retrovisor interno eletrocrômico, tomada de corrente de 127V, lanterna removível e espelhos retrovisores externos com rebatimento automático, por R$ 9.090, e Pack Tecnology 2, com sistema de áudio com tela 6.5’’ touchscreen, Bluetooth, USB e sistema de reconhecimento de voz, sistema de áudio premium Beats com 8 alto-falantes e subwoofer, painel de instrumentos de 7’’ com tecnologia  TFT, banco do motorista com regulagem elétrica, banco do motorista com regulagem lombar elétrica e faróis duplo xenônio, por R$ 16.500.

No final, o preço total do modelo avaliado era R$ 151.140.

Vida a bordo
Com tudo isso, o carro tem tecnologia de sobra, motor robusto, é gostoso de dirigir e confortável, muito confortável. O motor turbodiesel de 170 cv de potência e torque máximo de 37,7 kgfm a 1.750 rpm é quase um exagero se a ideia é rodar somente na cidade. Assim como a caixa de transmissão automática de 9 velocidades. Mas, se for para pegar trilha, esse é o conjunto ideal, apesar de a versão não contar com pneus de uso misto.

Porém, o motor é bem áspero e o carro precisa receber melhorias pois deixa passar bastante vibração para o habitáculo, principalmente parado. Incomoda tanto que para minimizar é aconselhável engatar neutro ao parar em semáforos ou congestionamento.

A dirigibilidade é muito boa, mesmo para um carro alto. É do tipo que permite enxergar o capô ao volante, e apresenta área de visão muito boa. Os bancos são confortáveis e abraçam o corpo como um sofá. Muito boa a sensação.

Mas, durante a semana de testes, o carro deu susto por duas vezes, quando sem mais nem menos todos os recursos eletrônicos de freios deixaram de funcionar (ABS, ESC, controle de tração, controle eletrônico anticapotamento, controle eletrônico de velocidade em descidas, Hill Start Assist e Panic Brake Assist). Felizmente os freios ainda acionavam, mas ao pisar fundo no pedal, o carro balançava para todos os lados, o que mostrou o quanto são úteis em situações de emergência.

A Jeep informou que esta é a primeira e única ocorrência do tipo em todos os Renegade já produzidos, e irá investigar para saber o que realmente houve. Sabe-se, no entanto, que o modelo avaliado é pré-série, e está sujeito a ajustes.

No geral é um excelente veículo, que como todos no Brasil, custa caro. Mas, vale a pena.

Ficha técnica
Jeep Renegade Longitude 2.0 Turbodiesel 4×4 9AT
Motor: dianteiro, transversal, 16 V, 2.0l, diesel, turbo
Cilindrada: 1.956 cm3
Potência: 170cv a 3.750 rpm
Torque: 35,7Kgfm a 1.750 rpm
Câmbio: automático de 9 velocidades
Direção: elétrica
Tração: 4×4
Pneus: 215/65 R17
Freios: dianteira a disco ventilado e sólidos na traseira, com ABS, EBD, ESP, controle de tração e assistente de ladeira
Dimensões: comprimento, 4.242 mm; largura, 1.798 mm, altura 1.716 mm e entre-eixos, 2.570 mm
Peso: 1.629 kg
Volumes: porta-malas – 260 l; tanque de combustível: 60 l
Desempenho: 0 a 100 km/h: 9,9s; velocidade máxima 190 km/h (e/g)
Consumo – cidade: 12,3 km/l; estrada: 15,9 km/l

Alexandre Akashi

Editor da Revista Farol Alto

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