Defeitos colocados – Estouro no coletor de admissão

Claudio Cobeio, Cobeio Car  R.Américo Brasiliense, 1208  Chácara Sto.Antônio (11) 5181-8447
Claudio Cobeio,
Cobeio Car
R.Américo Brasiliense, 1208
Chácara Sto.Antônio
(11) 5181-8447

Existem situações que enfrentamos no dia a dia nas oficinas mecânicas que são verdadeiros desafios. Este é o terceiro ou quarto caso que ocorre conosco, na CobeioCar, e poderia ser facilmente evitado com alguns cuidados na hora do diagnóstico.

A história é quase sempre a mesma e tem ocorrido com mais frequência nos modelos franceses (Peugeot, Citroën e Renault), com motor 16 válvulas e coletor de admissão em plástico com geometria curva, que nós chamamos de caracol.

O carro para de repente, o motor morre e o motorista fica na rua. Liga para a seguradora que envia ajuda, primeiramente para tentar por o carro em movimento e, se não conseguir, o guincho.

Mas, antes do guincho, o socorrista faz um teste: solta a mangueira que liga o coletor ao cânister e pelo buraco espirra desengraxante, o que faz o motor funcionar. Uma vez que o produto queima, o motor apaga e conclui que o defeito é bomba de combustível. Até ai, tudo bem. O diagnóstico parece estar correto.

Na oficina, depois do reparo, ao dar a partida para testar, o fluido acumulado explode o coletor
Na oficina, depois do reparo, ao dar a partida para testar, o fluido acumulado explode o coletor

Porém, esta não é a melhor forma de fazer diagnóstico para bomba de combustível, pois posteriormente isso pode provocar uma explosão no coletor de admissão e, consequentemente, danificá-lo. O motivo é simples: pode ocorrer de nem todo o desemgripante queimar, e com isso acumular no coletor e toda parte superior do motor.

Foi exatamente o que ocorreu com o Peugeot 206 1.6 16V desta reportagem. O carro chegou de guincho com diagnóstico pronto e trocamos a bomba de combustível. Assim que demos partida na chave para testar, foi um único estouro: bum! Voou plástico do coletor de admissão para todos os lados.

Teste de bomba

Usa-se o respiro do cânister para injetar fluido
Usa-se o respiro do cânister para injetar fluido

Nos carros com injeção eletrônica, a bomba de combustível é elétrica, e funciona continuamente enquanto o motor está em funcionamento, para manter a linha de combustível pressurizada (a pressão varia de 3 a 6,5 bar, dependendo do veículo).

Por um tempo o carro funciona, porém parte do fluido fica no coletor que é fechado
Por um tempo o carro funciona, porém parte do fluido fica no coletor que é fechado

A forma mais segura de testar a bomba de combustível é com ajuda de um manômetro, para medir a pressão da linha. Para tanto basta instalar o manômetro logo na saída de combustível da bomba, e ligar o carro. Se a pressão estiver abaixo de 3 bar é porque a bomba está ruim e deve ser substituída. Outro item que deve ser checado também, antes de trocar a bomba, é a tensão nos conectores, que deve ser de pelo menos 12 Volts (exceto nas bombas mais modernas que utilizam controle PWM ou têm pré-resistência no circuito para regular a vazão).

Se a tensão estiver muito baixa, a bomba não consegue atingir a pressão necessária para o sistema de injeção trabalhar corretamente. Neste caso é preciso fazer uma verificação do sistema elétrico do carro, para descobrir o que há de errado.

Alexandre Akashi

Editor da Revista Farol Alto

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