Aos nove anos de idade, Francisco Severiano Alves desembarcou em São Paulo junto com a família, exatamente no dia 20 de janeiro de 1975. Nascido no Ceará, Francisco é hoje um dos reparadores automotivos mais reconhecidos no setor, graças ao jeito simples e honesto de trabalhar, adquirido ao longo de mais de 30 anos de profissão.
Proprietário da Mecânica Chiquinho, em Itaquaquecetuba, o empresário ganhou fama nacional em 2010, quando venceu o prêmio PME Brasil (Prêmio de Competitividade para Micro e Pequenas Empresas), concedido pelo Sebrae. Foi a coroação de um longo caminho percorrido, mas que não para por ai.
Isso porque Chiquinho pensa agora em ampliar a oficina, que atualmente atende apenas com hora marcada. Tanto que já adquiriu outro prédio, ao lado da oficina.
Auxiliado pela esposa, Raquel de Lima Alves, que cuida do departamento administrativo e financeiro da oficina, Chiquinho conta ainda com outros cinco colaboradores e uma cozinheira, que prepara o almoço da equipe diariamente.
Romat
Chiquinho é um dos idealizadores da Romat (Rede de Oficinas Mecânicas do Auto Tietê), grupo que surgiu em 2003 com objetivo de oferecer mais qualidade em serviços automotivos aos consumidores da região, por meio do associativismo empresarial em busca de capacitação técnica e administrativa.
Anualmente, a Romat realiza eventos de divulgação da importância da manutenção preventiva (Pit Stop), além de palestras sobre mecânicas para mulheres, e pelo menos uma vez por mês um treinamento técnico para os colaboradores de todas as oficinas da rede.
Além da Romat, Chiquinho faz parte da rede EcoCar e Original Auto Center, que oferecem suportes técnicos e administrativos para a oficina. Mais recentemente, conquistou o Selo Sindirepa de Sustentabilidade, que atesta comprometimento com qualidade de serviços, e boas práticas de gestão administrativa e ambiental.
Sustentabilidade
A Mecânica Chiquinho existe há 19 anos. Antes de ter o próprio negócio, Chiquinho trabalhou como colaborador em outras oficinas, até que decidiu arriscar a sorte. “Foram 2 anos e meio consertando carro no meio da rua, até que consegui alugar um prédio onde montei a oficina”, conta. Isso foi em 1994.
“O contrato de aluguel era de quatro anos, mas em 3 anos e 8 meses entregamos o prédio, pois abrimos a oficina em imóvel próprio”, revela. “Foi difícil, mas conseguimos”, comenta com orgulho.
Na sede própria, Chiquinho utilizou técnicas que permitiram economizar em energia elétrica e água, com uso de telhas translúcidas e captação de água da chuva, para uso em descargas e também para lavar a oficina.
Além disso, como toda boa oficina, conta com caixa separadora de óleo que evita contaminação de águas servidas na rede de esgoto.
Editor da Revista Farol Alto