O aumento da oferta por modelos com câmbio automático é reflexo de que o brasileiro está ficando mais sofisticado na hora de adquirir um veículo. O que antes estava disponível apenas em modelos de luxo, é facilmente encontrado nos carros mais populares. A Renault foi pioneira, com o Logan e Sandero, há alguns anos, e agora é a vez da General Motors do Brasil, com o Ônix e Prisma.
Alguns anos antes tentou usar a transmissão robotizada, no extinto monovolume Meriva e na linha Corsa, mas não agradou o consumidor. Lição aprendida, com a renovação dos modelos, trouxe junto uma moderna caixa automática de seis velocidades, que está praticamente em toda a gama de produtos.
O preço porém é salgado: R$ 50.962 (Fipe) na versão testada, a topo de linha LTZ, que vem também com ar-condicionado, direção hidráulica, freios ABS, airbags frontais, sensor de estacionamento e sistema multimídia MyLink, um trunfo que cativou os clientes mais jovens da Chevrolet, pela conectividade e possibilidade de adicionar programas em conjunto com o smartphone.
Vida a bordo
No trânsito congestionado do dia a dia o câmbio automático é um conforto inestimável, pena que custe tão caro. Exatos R$ 3.477 a mais do que o mesmo carro mas com câmbio manual.
Se a escolha for pela versão intermediária, LT 1.4 l, o susto é maior ainda: R$ 41.412 manual e R$ 47.254 o automático, uma diferença de R$ 5.842! É muito dinheiro para um carro compacto.
Porém, como estamos no Brasil e brasileiro gosta de pagar caro por este tipo de mercadoria, a análise do dia a dia é que a transmissão cumpre bem o papel ao qual foi projetado. As seis velocidades e o programa que controla o câmbio está afinado com a necessidade do consumidor, apesar da baixa potência do motor. E é justamente neste ponto que a caixa automática de seis velocidade se destaca em relação aos câmbios automáticos de quatro marchas, pois permite ao motor trabalhar sempre na melhor faixa de rotação, o que significa mais desempenho, mais conforto (não dá tranco) e menor consumo. E no Prisma, a Chevrolet acertou.
Internamente, o Prisma é idêntico ao hatchback Ônix: confortável, mas sem grandes méritos. Destaque para a forma de fechar a porta, que necessita certa adaptação, uma vez que é preciso abraçar o puxador, com um movimento de braço circular para baixo e para frente para alcançar o puxador, um pouco mais complexo do que uma simples esticada e puxada de braço, como na maioria dos veículos.
Ficha técnica
Chevrolet Prisma 1.4l Automático
Motor: dianteiro, transversal, 4 cilindros, 8V
Cilindrada: 1.389 cm³
Potência: 106/98 cv a 6.000 rpm (etanol/gasolina)
Torque: 13,9/12,9 Kgfm a 4.800 rpm (etanol/gasolina)
Câmbio: automático – 6 velocidades
Direção: hidráulica
Tração: dianteira
Pneus: 185/65 R15
Freios: disco na dianteira (240mm) e tambor na traseira (200mm), ABS com EBD
Dimensões: comprimento 4.275 mm; largura, 1.705 mm; altura, 1.484 mm; entre-eixos, 2.528 mm
Peso: 1.119 kg
Volumes: porta-malas 500 litros
tanque de combustível, 54 litros
Desempenho:
aceleração de 0 a 100 km/h em 11,9/12,6s
velocidade máxima de 171 Km/h (e/g)
Editor da Revista Farol Alto
