O design e o porte impressionam,
e o preço agrada; para ficar ideal só
precisa mudar um item: os bancos
O povo gosta mesmo de novidades. Quando o assunto é carro, se o modelo é raro ou diferente, as chances de chamar atenção são grandes. Foi assim com o Geely EC7. Pelas ruas, olhares curiosos de todos os lados. Ao entrar com o carro na garagem, a pergunta inevitável: que carro é esse?
O sedan chinês chama atenção pelo design e porte: são 4.635mm de comprimento, 1.789mm de largura,, 1.470mm de altura e entre-eixos de 2.650mm, dimensões de carro grande. O desenho é sóbrio, elegante e atual, com formas agradáveis e fáceis de vender. “Pena que é chinês”, comentam os curiosos depois de saber o nome e a procedência do carro.
A surpresa maior vem depois de saberem o preço: R$ 49.900. E um brilho diferente invade o olhar do estranho que me aborda para saber mais sobre o carro. Com certeza ele pensa: “Esse eu posso ter. É grande, espaçoso, e bonito”.
Vida a bordo
Depois que passam do deslumbre, querem saber tudo sobre o carro. Assim eis um breve relato. Entre os chineses disponíveis no mercado, o Geely EC7 é com certeza o melhor custo-benefício. Além das qualidades externas, tem um bom motor 1.8 litro, com comando de válvulas variáveis, que rende 130 cv a 6.100 rpm e torque máximo de 16,9 kgfm a 4.400 rpm. Não é flex, e há quem veja vantagem nisso, pois na verdade os motores flex são um meio termo entre os a gasolina e etanol. A aceleração é boa para o porte do carro, que conta com câmbio manual de cinco marchas. Uma versão com câmbio automático seria interessante.
Internamente conta com o kit básico de itens de conforto, como ar-condicionado digital, trio elétrico, som com MP3 Player, entre outros. A posição de dirigir é boa, mas os bancos são muito duros, de uma espuma extremamente rígida que chega a ser incômoda, ainda mais depois de algumas horas ao volante. Este é o principal defeito do carro, e item a ser resolvido o quanto antes, pois até o corpo acostumar, as dores nas costas serão constantes.
O nível de acabamento chamou atenção pela qualidade apresentada. Apesar de ter bastante plástico, está tudo no lugar, sem rebarbas nem falhas de encaixe. Tudo justo e bem montado.
A suspensão é macia, absorve bem a irregularidade do piso e transmite segurança nas curvas. Outro destaque é o porta-malas, gigante, com capacidade para 670 litros.
O painel não é dos mais bonitos, mas é funcional. As telas em azul claro poderiam ser mais requintadas, e o termômetro de temperatura externa independente do ar-condicionado. Mas, pelo preço, é bom.
Ficha técnica
Geely EC7 GS 1.8 Gasolina
Motor: dianteiro, 4 cilindros, 16 V, DOHC, CVVT
Cilindrada: 1.792 cm³
Potência: 130cv a 6.100 rpm
Torque: 16,9 kgfm a 4.400 rpm
Câmbio: manual – 5 marchas
Direção: hidráulica
Tração: dianteira
Pneus: 215/55 R16
Freios: disco ventilado na dianteira e sólido na traseira, ABS com EBD
Dimensões: comprimento, 4.635 mm; largura, 1.789 mm; altura, 1.470; entre-eixos, 2.650 mm
Peso: 1.280 kg
Volumes: porta-malas – 670 l; tanque de combustível: 50 l
Desempenho: 0 a 100 km/h 12 s; velocidade máxima: 185 km/h
Comsumo (Km/l): cidade – 10,4; estrada – 15,2
Editor da Revista Farol Alto