Honda Fit EX CVT: Agora com sete marchas virtuais

Em setembro, a Honda inovou e lançou o Fit 2018 pela internet, sem oferecer test-drive do modelo. Em compensação, poucas semanas depois ofereceu o veículo para avaliação. A nós, coube a versão intermediária EX CVT, que custa R$ 75.600, na cor metálica Cinza Barium, que adiciona R$ 990 ao preço. Se fosse perolizada (Preto Cristal), o valor adicional é de R$ 1.290.

Câmbio CVT com sete marchas virtuais é novidade na versão EX

Os diferenciais em relação às versões mais simples – DX, LX e a nova versão Personal, voltada ao público portador de deficiência que tem direito a isenção de impostos -, são o câmbio CVT com sete marchas virtuais, airbags laterais – além dos frontais -, ar-condicionado digital automático, com painel touchscreen para regulagem de temperatura e intensidade, descansa-braço central com revestimento em couro, volante com paddle-shifts e vidros elétricos com função um toque para motorista e passageiro da frente.

Para-choques dianteiro e traseiro ficaram mais proeminentes

Vem ainda com o mesmo painel da versão topo de linha, EXL, chamado de Bluemeter pela Honda, setas nos retrovisores externos e volante revestido em couro com controles do controle de cruzeiro, sistema de áudio com tela LCD de 5”, Bluetooth, câmera de ré com três ângulos de visão (panorâmica, normal e superior), entradas auxiliares e USB, e luzes de rodagem diurnas em LED.

Externamente, o Fit 2018 mudou pouco também, com destaque para os para-choques dianteiro e traseiro, que ficaram mais proeminentes e salientes. Graças a ele, o modelo ficou 99 mm mais comprido do que o anterior, com 4.096 mm ante 3.997 mm. Na prática, os novos para-choques oferecem maior proteção em colisões de baixo impacto.

Ao volante
A experiência ao volante do Fit mudou pouco, uma vez que não houve alteração no conjunto powertrain do modelo, que continua com o bom e velho motor 1.5 i-VTEC FlexOne, de 116/115 cv de potência máxima a 6000 rpm (etanol/gasolina), e torque máximo de 15,3 kgfm a 4000 rpm em ambos combustíveis.

O painel é idêntico ao da versão EXL, batizado de Bluemeter

A novidade são as sete marchas virtuais do câmbio CVT, que na prática faz pouca diferença, exceto nas descidas de serra, em que é possível controlar de forma magnífica a velocidade por meio do freio-motor, reduzindo o uso do freio.

Tal como o modelo anterior, a experiência de condução do Fit 2018 é muito boa. Com etanol, chegou a fazer média de 11 km/l na estrada, bem acima dos 9,9 km/l anunciados pelo Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular do Inmetro. Claro que isso foi realizado em condições normais de rodagem, com velocidade média de 100 km/h, sem trânsito.

Freios a tambor na traseira depõem contra o nível de tecnologia do modelo

A principal crítica fica por conta da adoção de freios a tambor nas rodas traseiras. Pelo preço, merecia freios a disco, que são muito mais eficientes. Mas, como o consumidor brasileiro se interessa muito mais por entretenimento de primeira do que segurança, as montadoras continuam utilizando esse sistema antiquado e mais barato.

Outra crítica fica por conta da falta de GPS no sistema multimídia, presente apenas na versão topo de linha, EXL. Chato mesmo é não poder nem mesmo sincronizar a tela do smartphone no LCD do carro. Assim, recomendamos comprar um suporte de celular ou um GPS, para enfim ter um carro completo.

Ficha técnica
Honda Fit EX CVT
Motor: dianteiro, transversal, flex, 4 cilindros, 1497 cm³, 16 v, SOHC, comando de válvula variável na admissão, 116/115 cv a 6000 rpm (etanol/gasolina), 15,3 kgfm a 4000 rpm (e-g); diâmetro x curso: 73 x 89,4 mm; taxa de compressão: 11,4:1
Câmbio: CVT com 7 marchas virtuais
Tração: dianteira
Direção: assistência elétrica
Suspensão: independente tipo McPherson na dianteira, e eixo de torção na traseira
Freios: a disco ventilado na dianteira e tambor na traseira
Rodas e pneus: liga leve, 185/55 R16
Dimensões: comprimento, 4096 mm; largura, 1694 mm; altura, 1535 mm; entre-eixos, 2530 mm, peso, 1099 kg, porta-malas, 363 l; tanque de combustível, 45 l
Desempenho: velocidade máxima, 172 km/h; aceleração 0 a 100 km/h: 12 s
Consumo PBE-V Inmetro: cidade – 8,3/12,3 km/l (e/g); estrada – 9,9/14,1 km/l (e/g)

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Alexandre Akashi

Editor da Revista Farol Alto alexandre@farolalto.com.br

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