A Mercedes-Benz acaba de apresentar o novo sedan médio Classe C em quatro versões de acabamento, com novidades sutis no design do parachoque dianteiro e conjunto óptico dianteiro e traseiro. Os novos faróis agora são full leds, e as lanternas traseiras contam com novo desenho, em C, quando acesas.
As grandes novidades são, no entanto, na versão C200 EQ Boost, que ganhou novo motor, 1.5 l turbo de injeção direta (183 cv de potência e 280 Nm de torque máximo), acoplado a um motor elétrico de 48 V, de 14 cv e 160 Nm de torque . Combinados, os dois motores disponibilizam 197 cv e 440 Nm de torque, que empurram os 1.505 kg do sedan em 7,7 segundos (de 0 a 100 km/h) e permite velocidade máxima de 239 km/h.
A versão C300 Sport recebeu também atualização no motor 2.0 turbo de injeção direta, que conta agora com 258 cv de potência, 13 cv a mais do que o modelo anterior. O torque permanece o mesmo, 370 Nm a partir de 1.800 rpm.
Já as versões de entrada, C180 Avantgarde e C180 Exclusive, mantém o bom e velho propulsor 1.6 l turbo de injeção direta, com 156 cv de potência e torque máximo de 250 Nm a partir de 1.200 rpm. Além de uma pequena diferença de preço, de R$ 1.000, as versões se diferenciam pela estrela no capô e grade frontal cromada, e acabamento interno em tons de madeira (Exclusive). Já a Avantgarde vem com grade esportiva com a estrela de três pontas, e acabamento em preto piano.
Híbrido só no documento
A nova arquitetura eletro-eletrônica do C200 EQ Boost conta com sistema independente de 48V que alimenta o motor elétrico de 14 cv, que também funciona como motor de partida e alternador. No documento, o veículo é classificado como híbrido, porém a Mercedes-Benz não o considera como tal. “Na nossa concepção, para ser híbrido o carro precisa necessariamente se mover apenas com o motor elétrico, o que não ocorre no C200 EQ Boost”, explica Dirlei Dias, gerente Sênior de Vendas Automóveis da Mercedes-Benz.
Tal como foi concebido, o motor elétrico do C200 EQ Boost só funciona em conjunto ao motor a combustão, desde a partida do motor e em todas as vezes que o pedal do acelerador é acionado. A transmissão de força é feita por correia, ligada ao virabrequim, e sempre que há desaceleração, o motor se transforma em um gerador de energia para recarregar a bateria de 48V e também a de 12V, que alimenta todos os consumidores, desde a ECU até lanternas, faróis, sistema multimídia etc..
Uma particularidade desta arquitetura é a possibilidade de rodar com o motor a combustão desligado, em situações de aproveitamento de embalo, popularmente conhecido como banguela eletrônica, ou roda livre. Tradicionalmente, essa função já é bastante utilizada em veículos premium, porém com o motor em marcha lenta. Mas, com a advento do motor elétrico 48V, a Mercedes-Benz aprimorou o sistema, que funciona em declives leves e trechos planos, sempre que o carro está no modo de condução econômico, baterias totalmente carregadas e em velocidade suficiente para se manter em movimento.
Outra particularidade do motor a combustão interna do C200 EQ Boost é a configuração dos cilindros em cone. No processo de polimento das paredes dos cilindros, elas são ligeiramente alargadas no sentido do fundo para reduzir o atrito das saias dos pistões. Segundo a montadora, desta forma há redução do desgaste e do consumo de combustível. Em tempo, com todas essas tecnologias aplicadas, a Mercedes-Benz informa que o novo C200 é até 10% mais econômico do que a versão anterior.
Outras novidades
Tanto o C200 quanto o C300 contam com novo painel digital de 12,3 polegadas, de alta resolução e três configurações: Clássico, Esportivo e Progressivo. A central multimídia também é diferente, com tela maior, de 10,25 polegadas.
Itens comuns
Em todas as versões, a transmissão é automática de 9 marchas, com borboletas atrás do volante, o sistema de ar-condicionado é automático e digital, dual zone. Contam ainda com sistema de frenagem ativo, que detecta aproximações bruscas de objetos à frente do veículo e emite alertas visuais e sonoros para o motoristas. Se não houver reação, o carro inicia uma frenagem de emergência, com objetivo de minimizar impactos.
Independente do tamanho da tela do sistema multimídia, o Classe C conta agora com conectividade Android Auto e Apple CarPlay, o que se traduz na eliminação do GPS com mapas nativos de navegação. As telas também não contam com função touchscreen, mas podem ser operadas por botões no volante e também pelo console central.
O acionamento do motor é feito por botão no painel, com mesmo design do Classe E.
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