Chevrolet Opala comemora 50 anos

O Opala é aquele automóvel que tem garantido seu lugar na galeria de carros que se transformaram em lendas. O modelo da Chevrolet comemora 50 anos de lançamento. Para ser mais exato, ele foi apresentado no dia 19 de novembro de 1968, na sexta edição do Salão do Automóvel de São Paulo, então realizado no Parque Ibirapuera.

O Opala foi desenvolvido a partir do Opel Rekord alemão. Foram dois anos de desenvolvimento para adequar o modelo as condições de piso e clima brasileiro. Quando lançado era oferecido com carroceria de quatro portas em duas versões de acabamento (Standard e De Luxo) e duas motorizações – 2500 de quatro cilindros (80 c.v.) ou o 3800 de seis cilindros (125 c.v.). O câmbio era manual de três marchas, com alavanca na coluna de direção.

Internamente as versões traziam dois bancos inteiriços com capacidade para transportar seis passageiros. O acabamento podia seguir a cor da pintura externa, vermelho na carroceria e bancos e painéis das portas em vermelho, por exemplo. Em 1969 já haviam sido vendidos 10 mil Opalas.

Em junho de 1970 era lançada a versão esportiva SS, ainda com a carroceria sedã. Faixas pretas no capô, laterais e na traseira, rodas esportivas de tala de 5 polegadas, faziam o diferencial do carro. Internamente os bancos eram individuais, volante de três raios e aro de madeira e um pequeno conta-giros no lugar do relógio. Trazia como novidades os freios a discos na dianteira, a alavanca de câmbio (de quatro marchas) no chão e vigoroso motor 4100 de seis cilindros que rendia 138 c.v. e 29 m.kgf de torque.

Em 1975, é lançada a perua Caravan, uma das poucas peruas de grande porte feitas no Brasil. Como era opção do mercado naquela época somente a versão de duas portas foi oferecida. A novidade para o início da década de 1980 é a chegada da versão Diplomata, a mais luxuosa da linha Opala.

Elegância

Durante a década de 1980, o nome Diplomata acabaria por se tornar sinônimo de Opala. Sem a concorrência dos Dodge V8, que saiu de linha em 1981, tampouco o Ford Galaxie e derivados a partir de 1983, ele se tornaria o único nacional de luxo a oferecer na época um motor que não fosse de quatro cilindros.

Já na linha 1988, visual do Opala se aproximou do Monza com a inclusão de novos faróis de formato trapezoidal. No interior as novidades eram o volante de três raios e o grafismo do painel que agora tinha os instrumentos iluminados de forma indireta. Entre os recursos raros, havia volante com regulagem de sete posições, temporizador dos vidros elétricos, luz interna direcional, saída de ar-condicionado para o banco traseiro, alarme antifurto e aviso sonoro de faróis ligados e porta aberta em movimento. Esse ano também viu a despedida da versão cupê do mercado.

Outra novidade era a chegada da nova transmissão automática de quatro velocidades ZF. O modelo do câmbio 4HP-2A podia equipar tanto os modelos de quatro ou seis cilindros e no exterior esteve presente em modelos da BMW, Jaguar, Peugeot.

Fim de uma era

A partir do final dos anos de 1980, a Chevrolet preparava a chegada do sucessor do Opala, na época as apostas eram em dois modelos alemães: Opel Senator ou Omega. Em 1991, os para-choques ficavam envolventes, o quebra-vento era eliminado e os retrovisores, embutidos.

As rodas passaram a ser aro 15 polegadas calçadas com pneus de perfil baixo, os freios eram a disco nas quatro rodas e a direção hidráulica progressiva Servotronic da ZF, havia a opção do câmbio manual de cinco marchas. No ano seguinte, a série especial Collector anunciava o canto do cisne da linha Opala.

Essa versão de coleção tinha tiragem limitada a 100 veículos e trazia uma pasta em couro legítimo com uma carta de apresentação, uma fita VHS contando a história do modelo e caneta e chaveiro banhados a ouro. O nome “Collector” vinha gravado nas laterais e no emblema do centro do volante.

Em 16 de abril de 1992 as últimas unidades do Opala deixaram a linha de produção da planta de São Caetano do Sul. Foram produzidos 1 milhão de Opalas durante pouco mais de duas décadas.

 

 Conheça o Opala Las Vegas 1973

– Versão do Grand Luxo, Chevrolet Opala Las Vegas 1973

– Meio teto de vinil branco

– Grades e lanternas traseiras exclusivas

– Emblema exclusivo na coluna ‘Las Vegas’

– Grade dianteira exclusiva

– Faróis auxiliares fixados na grade dianteira

– Luz cortesia para passageiros do banco traseiro

– Retrovisor cônico posicionado na parte superior do paralama dianteiro esquerdo

– Calotas de Veraneio, porém aro 14, fabricadas com exclusividade Glicério

– Bancos dianteiros individuais da marca Procar/Probel

– Encosto de cabeça no banco traseiro

 

 

Antonio Puga

Antonio Puga é jornalista, especializado no setor automotivo

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