O empresário franco-brasileiro Carlos Ghosn, 64 anos, ex-presidente da Nissan Motor, negou que tenha sonegado informações, dados e lucros nos relatórios de valores mobiliários da empresa, durante depoimento à Promotoria de Justiça de Tóquio. É a primeira vez que ele se pronuncia sobre as acusações.
Segundo informações da NHK, emissora pública de televisão do Japão, o executivo, que estava preso desde a semana passada, disse que não tinha intenção de falsificar as demonstrações financeiras.
Ghosn e seu assessor Greg Kelly foram presos no dia 19 por suspeita de subestimar a renda do executivo em milhões de dólares, em um período de oito anos. O executivo é suspeito de instruir Kelly a informar que sua compensação anual era de cerca de 1 bilhão de ienes, o equivalente a US$ 9 milhões.
0 conselho de diretores da Nissan exonerou Ghosn da presidência e Kelly da direção no último dia 22.
*com informações da Agência Brasil
Antonio Puga é jornalista, especializado no setor automotivo