Manutenção preventiva – Uso severo

Júlio de Souza SouzaCar  Rua Baquiá, 520, Carrão  (11) 2295-7662
Júlio de Souza
SouzaCar
Rua Baquiá, 520, Carrão
(11) 2295-7662

Quantas revisões devem ser feitas no carro por ano? Uma, duas, três? A resposta é: no mínimo uma, e não há limite máximo, pois o ideal é que seja feita uma vistoria a cada 10.000 km. Assim, a quantidade de revisões deve seguir a forma de utilização do veículo.

Mas, nem todo mundo entende isso e faz o mínimo possível, como é o caso de um cliente taxista, que possui um Chevrolet Spin 1.8 Flex automático 2012, com GNV de 5ª geração, com 235.000 km rodados, e ficou uma semana parado com problemas de motor.

Por ano, ele faz duas revisões e se limita ao básico: troca de óleo, filtro de ar e óleo, etc., e alguns componentes só troca quando chega no ‘osso’, como pastilhas de freios, discos, velas. Estaria bom se rodasse 20.000 km por ano, mas roda mais, muito mais do que isso.

Por rodar muito, revisões teriam de ser mais frequentes
Por rodar muito, revisões teriam de ser mais frequentes

Vamos fazer uma conta simples: o carro é 2012 e a última vez que passou por aqui foi em novembro de 2015. São, portanto, três anos. Se o carro tem 235.000 km rodados, a média é de 78.333 km/ano. Duas paradas para manutenção é menos da metade do ideal.

Falha no motor causou queima da junta do cabeçote
Falha no motor causou queima da junta do cabeçote

Independente disso, o que realmente prejudica o veículo é a postergação de serviços extras, de manutenção corretiva, que são diagnosticados quando fazemos a revisão. Por duas vezes consecutivas, o alertamos para a necessidade de uma regulagem do motor e substituição de outros componentes pois o motor estava ‘quatrado’.

Junta do cabeçote queimada
Junta do cabeçote queimada

O sistema de GNV, apesar de ser o mais moderno do mercado e ter sido instalado em concessionária Chevrolet, precisava de uma atenção especial. Como não fez nada e continuou rodando, o resultado foi a queima da junta do cabeçote.

Foi necessário abrir o motor, trocar a junta e todos os demais componentes que foram adiados até então. E a conta, que ficaria em um valor razoável, duplicou. Mas, prejuízo maior foi ficar sem trabalhar com o carro durante uma semana.

Alexandre Akashi

Editor da Revista Farol Alto