Ao contrário do imaginado, o hatchback compacto 208 não chegou ao mercado para alavancar as vendas da Peugeot no Brasil, mas, sim, para brindar o consumidor da marca com um carro refinado e de excelente bom gosto.
Avaliamos por uma semana o modelo topo de linha, Griffe 1.6 l FlexStart, que já incorpora a tecnologia de partida a frio sem tanquinho, e rende 122 cv de potência a 5.800 rpm quando abastecido com etanol.
Além das mudanças estéticas, o Peugeot 208 ganhou interior de carro de luxo, com destaque, claro, para o painel elevado e volante de raio pequeno, e central multimídia com tela sensível ao toque com funções de áudio, parâmetros do carro, computador de bordo e navegador GPS. Outro item de carro de luxo incorporado no 208 é o ar-condicionado digital bizone, assim como o teto de vidro panorâmico.
Vida a bordo
No uso cotidiano, o 208 é perfeito e se assemelha muito com o ‘irmão de plataforma’ Citroën C3, principalmente no comportamento dinâmico, uma vez que compartilham chassis e powertrian.
Com isso, o 208 ficou mais ‘mole’ do que o 207, de acordo com consultor do Jornal Farol Alto, Eric Faria, proprietário da 3E Motors, oficina especializada em veículos franceses. Outra observação feita pelo consultor foi em relação aos freios traseiros, que no novo modelo é a tambor. “Nesse sentido houve regressão, pois o anterior era a disco”, diz.
Estes detalhes técnicos não atrapalham, porém, a condução do 208. A nova posição de dirigir é agradável, principalmente para quem gosta de uma ‘tocada’ mais esportiva.
O posto de condução do 208 é fácil de se acostumar, pois tanto o painel de instrumentos, que agora está em posição elevada, quanto a central multimídia, instalada bem ao lado, possibilitam boa visualização dos controles.
O painel conta com tela multifunções, com velocímetro digital que no dia a dia substituiu o analógico pela agilidade de leitura, e os botões de controle dos vidros elétricos estão, agora, todos agrupados no forro da porta do motorista, e não divididos entre o console central, com no 207.
Ficha técnica
Peugeot 208 Griffe
Motor: dianteiro, transversal, 4 cilindros, 16V, comando de válvula variável na admissão
Cilindrada: 1.587 cm³
Potência: 122/115 cv a 5.800 rpm (etanol/gasolina)
Torque: 16,4/15,5 Kgfm a 4.000 rpm (e/g)
Câmbio: manual 5 velocidades
Direção: elétrica variável
Tração: dianteira
Pneus: 195/55 R16
Freios: dianteira disco ventilado e tambor na traseira, ABS com EBD
Dimensões: comprimento, 3.966 mm; largura, 1.702 mm; altura, 1.472 mm; entre-eixos, 2.541 mm
Peso: 1.153 kg
Volumes: porta-malas 285 litros; tanque de combustível, 55 litros
Desempenho: aceleração de 0 a 100 km/h em 9,7/10,2 s (e/g); velocidade máxima de 198/191 km/h (e/g)
Editor da Revista Farol Alto
