A Scania anunciou em coletiva de imprensa online a venda de 18 caminhões movidos à gás (GNV e/ou biometano) para a PepsiCo. Foram 10 modelos G 340 4×2 e oito R 410 6×2 que serão usados no abastecimento de produtos da fabricante de alimentos por todo o território nacional. A Casa Scania Codema (SP) foi a responsável pela venda.
Eduardo Sacchi, diretor sênior de Supply Chain da PepsiCo Brasil, afirma que a parceria com a Scania mostra mais uma vez o pioneirismo da empresa em ser ambientalmente responsável. “A PepsiCo foi a primeira do setor a fazer testes com o caminhão movido a gás natural e uma das primeiras a testar veículos elétricos, o que demonstra a nossa preocupação em liderar a transição para uma alternativa de transporte cada vez mais sustentável”, comenta Sacchi. “Temos o orgulho de anunciar medidas concretas, que se somam às outras que já possuímos, para contribuir consideravelmente para atingirmos a nossa meta global de redução em 20% das emissões de CO2 até 2030”, completa o executivo.
“O objetivo das empresas é a transição para um sistema de transporte mais sustentável. A Scania vem liderando esta transformação. Para nós, não existe apenas um modelo sustentável e cada país adotará as tecnologias que melhor se encaixam em sua realidade. Para o Brasil, o ‘Aqui e Agora’ é o caminhão movido a GNV e/ou biometano”, diz Roberto Barral, vice-presidente das Operações Comerciais da Scania no Brasil. “A Scania está empenhada em apoiar seus clientes com soluções rentáveis que contribuam com a sustentabilidade nos âmbitos econômico, ambiental e social.”
Os caminhões pesados Scania movidos a gás natural veicular (GNV) e/ou biometano são vocacionados para médias e longas distâncias. Seus motores são Ciclo Otto (o mesmo conceito dos automóveis) e 100% a gás e biometano, ou mistura de ambos. Os motores não são convertidos do diesel para o gás, têm garantia de fábrica, tecnologia confiável e segura, com desempenho consistente e força semelhante ao caminhão a diesel. Além de serem 20% mais silenciosos.
GNV ou biometano?
Os caminhões à gás da Scania funcionam tanto com GNV quanto biometano. No GNV, a montadora afirma que as emissões de CO2 são 15% menores, mas no biometano, há enorme redução de 90% nas emissões de CO2. Assim, por que usar GNV se o biometano é melhor?
Ocorre que ainda estão sendo realizados investimentos para levar o biometano das fontes produtoras até as distribuidoras de gás. Silvio Munhoz, diretor comercial da Scania, explica que o biometano pode ser transportado pelos mesmos gaseodutos que distribuem o GNV, e podem ainda ser comercializados pelas mesmas bombas de abastecimento, misturado ou não ao GNV.
“As distribuidoras de gás estão interessadas em participar desse esforço uma vez que elas investem muito dinheiro nas instalações de distribuição e alugar o gaseoduto seria uma renda interessante”, diz Munhoz ao informar que no estado de São Paulo já existe uma empresa de gás natural que fechou contrato com uma usina de cana-de-açúcar para transportar o biometano que a usina começará a produzir em 2021.
Em tempo: o biometano é obtido a partir da biomassa de compostos orgânicos, como restos da produção agrícola ou o até pelo lixo urbano das grandes cidades. “Uma das vantagens do biometano é que a produção dele não é centralizado como o GNV, mas pulverizado por todo território nacional”, diz Munhoz.
Editor da Revista Farol Alto
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