McLaren P1, 10 anos de muita velocidade

Em março de 2013 a McLaren apresentava no Salão Internacional de Genebra, na Suíça, o primeiro modelo da linha Ultimate, o McLaren P1, híbrido de alta performance equipado com motor biturbo V8 M838TQ de 3,8 litros alcançando 737 cv combinado com o leve motor elétrico produzindo 179 cv resulta no total de 916 cv.

O bólido acelerava de 0 a 100 km/h em 2,8 segundos; de 0 a 200 km/h em 6,8 segundos; e 0 a 300 km/h em 16,5 segundos – cinco segundos mais rápido que o lendário McLaren F1. Atingia a velocidade máxima de 350 km/h. Se tudo isso não bastasse, foram produzidas somente 375 unidades no Centro de Produção da McLaren em Woking, Reino Unido.

Cada McLaren P1 foi construído por uma equipe de 82 técnicos em quatro turnos de processo de montagem, sendo cada carro foi concluído em 17 dias.

Detalhes
O nome P1 é originado das corridas de Grande Prêmio “primeira posição”, além de uma herança no nome: o McLaren F1 foi inicialmente conhecido como Project 1, ou P1.Por ser um veículo híbrido ele pode trafegar no modo totalmente elétrico e com zero emissões em curtas distâncias no tráfego urbano.

A grande asa traseira do P1 otimiza a aerodinâmica por meio de ajuste automático. Pode alongar a traseira em até 300 milímetros nas pistas e 120 milímetros nas ruas. Isso foi desenvolvido usando o mesmo software e metodologia da equipe McLaren de Fórmula 1. O DRS (Sistema de Redução de Arrasto) foi integrado ao desenho dele para reduzir a pressão aerodinâmica e aumentar a velocidade de retas, por meio do levantamento da asa traseira, ao invés da utilização de uma aleta móvel.

Os painéis da carroceria em fibra de carbono do McLaren P1 compreendem painéis dianteiro e traseiro montados no MonoCage central; duas aletas de acesso na traseira; capô frontal e duas portas. Pesando um total de apenas 90 kg, os painéis têm espessura pequena, mas são fortes. A bateria híbrida, montada abaixo do MonoCage de fibra de carbono, pesa somente 96 quilos.

O  P1 não tinha tapete no assoalho (considerado pesado) nem isolamento acústico. O vidro foi reprojetado para reduzir o peso: o teto de vidro superleve foi quimicamente enrijecido e tem a espessura de apenas 2,4 milímetros. O para-brisa tem grossura de somente 3,2 milímetros, incluindo uma camada plástica intermediária, economizando na época 3,5 quilos sobre os 4,2 milímetros do para-brisa do 12C.

Discos de carbono cerâmica revestidos de carbeto de silício (composto químico de carbono e silício) permitem frear dos 100 km/h a zero em apenas 30,2 metros.  Em pista de corrida P1 baixa até 50 milímetros e as molas endurecem até 300 por cento, permitindo ao carro fazer curvas a mais de 2 g (duas vezes a força da gravidade).

Antonio Puga

Antonio Puga é jornalista, especializado no setor automotivo

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