Fiat Fastback 1.3 é bom, mas podia ser mais

O Fiat Fastback Limited Edition 1.3 é um dos poucos carro na faixa de R$ 150 mil que agrada tanto em design quanto em desempenho. O SUV-cupê desenhado pela Fiat é de muito bom gosto, com frente alta e imponente que harmoniza com o caimento suave da traseira e a linha de cintura alta nas laterais.

Essa versão, com motor 1.3 turbo de 185 cv de potência máxima a 5750 rpm, quando abastecido com etanol (180 cv com gasolina), eleva o prazer de dirigir, apesar de o modelo pedir algo mais potente, como um 2.0 turbo de 250 cv. Aí sim seria imbatível. Mas tudo bem. Quem tudo quer, nada tem.

O Fastback é um veículo de porte médio, com 4,43m de comprimento, 1,77m de largura, 1,55m de altura e 2,53m de entreeixos. Não é exagerado, nem pequeno, mas do tamanho certo. O design cuidadoso da traseira alta com lanternas finas e longas, e pára-choque discreto chama atenção.

A parte da frente conta com faróis e grande grade que se alinham de forma bastante harmoniosa também, e ganham mais valor com os detalhes das entradas de ar verticais nos cantos do pára-choque. Na parte inferior, os pequenos faróis de sinalização completam o visual marcante do modelo.

Os vincos das laterais e o detalhe cromado apenas na parte inferior das janelas ampliam a sensação de velocidade. É realmente um design muito agradável aos olhos.

Como todo bom SUV, o Fastback precisava ter suspensão elevada. O vão livre do solo é de 192mm, com ângulos de entrada e saída de 20,4 graus e 24,3 graus respectivamente. A versão avaliada vem calçada com pneus 215/45 R18, com 97mm de altura de flanco.

O peso total dessa versão é de 1304kg. Uma relação de 7,05 kg/cv de potência. Um número respeitável, o que permite fazer de 0 a 100km/h em 8,1 segundos e atingir velocidade máxima de 210km/h, segundo a montadora.

A boa disponibilidade de torque em baixa rotação (27,5 kgfm a 1750rpm tanto na gasolina quanto no etanol) deixa o carro esperto na cidade, nas arrancadas de semáforo e na hora de mudar de faixa, para contornar o trânsito. A suspensão, mesmo elevada, não é nem muito mole nem dura, mas o meio termo entre conforto e esportividade. Na prática, significa que contorna bem as curvas, sem excesso de rolagem da carroceria.

Acoplado ao motor, a Fiat escolheu um câmbio automático com seis marchas, da Aisin. O botão ‘Sport’, em vermelho, no volante, deixa o carro mais esperto, com pedal de acelerador mais sensível.

O conforto interno é bom, com uma posição de dirigir que nem de perto lembra um SUV, mas um cupê. Regulagem de altura e profundidade do banco e volante ajudam a encontrar a posição ideal para dirigir.

Abastecido com etanol, o Fastback 1.3 faz média de 7,9km/l na cidade e 11,3km/l na estrada. Com gasolina, esse número sobe para 11,3km/l na cidade e 13,6km/l na estrada, segundo a Fiat.

No quesito tecnologia embarcada, sentimos falta do sistema Start&Stop, que desliga o motor nas paradas de semáforo, assim como do sistema de controle de cruzeiro automático, o ACC, e de um ar-condicionado de duas zonas. Mas, fora isso, esta versão do Fastback é completa.

Não podemos deixar de destacar o espaço do porta-malas. São 516 litros de capacidade volumétrica de carga, excelente para a maioria das famílias brasileiras. E também aquele velho puxão de orelha no sistema de freio traseiro, a tambor. Afinal, um carro com preço de mais de R$ 150 mil merecia freios a disco nas rodas traseiras.

Alexandre Akashi

Editor da Revista Farol Alto alexandre@farolalto.com.br

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